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“Mais de 3 mil taxas” sob a mira do Governo

O Governo quer cortar na quantidade de ‘taxas e taxinhas’ que se colocam às empresas e consumidores em Portugal. Para tal, criou um grupo de trabalho que deverá estudar a matéria e apresentar soluções que deverão passar pela “simplificação ou eliminação”, em muitos casos.
14 November 2024; Joaquim Miranda Sarmento, Minister of State and Finance, Government of Portugal, on Government Summit stage during day three of Web Summit 2024 at the MEO Arena in Lisbon, Portugal. Photo by Carlos Rodrigues/Web Summit via Sportsfile
16 Janeiro 2025, 07h00

O Governo quer reduzir as ‘taxas e taxinhas’ que se colocam às empresas e aos consumidores portugueses. Para tal, o objetivo passa por criar um código único de taxas e estão a ser tomadas medidas nesse sentido.

O Executivo formou um grupo de trabalho que deverá estudar e apresentar um plano de “revisão das taxas aplicadas pelas entidades públicas, que tenham um contexto normativo único e em função desse normativo, sejam revistas para a sua simplificação ou eliminação”, de acordo com Joaquim Miranda Sarmento, ministro das Finanças.

A garantia foi deixada numa audição regimental na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública (COFAP), que teve lugar na quarta-feira. “Há muitas taxas com impacto muito reduzido que apenas criam burocracia e entropia na vida das empresas”, sublinhou o governante.

Dito isto, o Governo liderado por Luís Montenegro quer “uma mudança significativa na forma como as mais de 600 entidades se relacionam com empresas e famílias, sendo mais de três mil taxas só na administração central, é uma mudança muito significativa”, assinalou Miranda Sarmento.

Isenção de IMT para jovens já permitiu poupar 62 milhões

A isenção de IMT e Imposto de Selo já permitiu a 16 mil jovens pouparem 62 milhões de euros na compra de uma primeira habitação em território nacional. Os dados foram comunicados pelo membro do governo na mesma audição.

Recorde-se que a medida entrou em vigor em agosto e os dados citados pelo ministro que tutela a pasta das Finanças são referentes ao período que terminou com o fecho de 2024.

De resto, o ministro das Finanças rejeita a ideia de que a medida fez aumentar os preços das casas em Portugal. “Não conheço nenhum estudo que mostre sequer a correlação entre a medida [do IMT Jovem] e o preço das habitações, quanto mais de causalidade”, reiterou o membro do Governo.

Aponta à aceleração de economia

Depois das variações quase nulas do PIB no segundo e terceiro trimestres do ano passado, os indicadores de atividade e consumo já divulgados pelo INE permitem antever uma boa aceleração económica” no quarto trimestre, disse Miranda Sarmento na mesma audição.

Naquele que é, de acordo com o próprio, um “cenário de grande incerteza” na economia global, o governante fez saber que mantém o otimismo no que respeita a Portugal. De referir que o INE vai publicar, no final de janeiro, a estimativa rápida referente ao comportamento da economia nacional no período entre outubro e dezembro do ano passado.

 

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