Até ao final de junho, cerca de 43% das matas nacionais anda não tinham sido limpas, de acordo com os dados do programa de monitorização do Plano Nacional de Gestão Integrada de Fogos Rurais, divulgados este sábado pelo semanário “Expresso”. Os dados mostram que apenas foram limpos pouco mais de cinco mil hectares de floresta pública entre os nove mil hectares previstos.
Segundo o “Expresso”, as taxas de execução de “faixas de gestão e interrupção de combustível”, que pressupõe a “criação de mosaicos ou limpeza em redor da rede viária” e competiam a entidades públicas como o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) andam nos 35% de norte a sul do país. Já a execuçaõ na rede ferroviária e rodoviária, que compete às Infraestruturas de Portugal, corresponde, respetivamente, a 34% e 22%.
O mesmo não acontece na rodovia concessionada, ou nas infraestruturas da REN e da EDP, que estão acima de 90%. Fonte próxima do processo explica que “o setor que faz estes serviços não estar preparado para responder ao serviço público, já que o ICNF faz contratos a um ou três anos e não paga a horas, enquanto que a REN ou a EDP fazem contratos a seis anos, pagam mais, e são mais exigentes”.
Também a recuperação do Pinhal de Leiria (devastado em 86% nos fogos de 2017) está atrasada. Ate agora, foram rearborizados menos de metade dos 2500 hectares planificados e, segundo o semanário, o restante não estará concluído antes de 2022.
O ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, assumiu os atrasos esta semana no Parlamento. “O que está por fazer é mais do que o que foi feito e é um esforço contínuo”, afirmou, em audição na Comissão de Ambiente, justificando os atrasos com a metodologia utilizada e sublinhando que o que estão a fazer “leva tempo”.
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