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Mais de metade das casas em Portugal continental têm contadores de luz inteligentes

ERSE nota que a instalação de contadores inteligentes da energia “está bem disseminada no território, com níveis de instalação entre os 40 e os 60% na generalidade dos distritos”. É em Évora que se regista a maior percentagem de instalações.
16 Agosto 2021, 16h45

Mais de metade das habitações portuguesas tinham contadores de eletricidade inteligentes no final de 2020. De acordo com o Balanço da Implementação das Redes Inteligentes de Distribuição de Energia Elétrica, da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), 3.212.505 de consumidores tinham contadores inteligentes em instalações de Baixa Tensão Normal (BTN), no final do ano passado. Ou seja, 52% do total das instalações BTN em Portugal continental tinham contadores inteligentes.

No relatório, que foi divulgado esta segunda-feira, a ERSE nota que a instalação de contadores inteligentes da energia “está bem disseminada no território, com níveis de instalação entre os 40 e os 60% na generalidade dos distritos”. Mas é em Évora que se regista a maior percentagem de instalações, contando-se 76% das instalações de BTN. No extremo oposto, Vila Real é a região onde se regista a menor percentagem de contadores inteligentes (35%).

Nas conclusões do relatório, a ERSE refere que os operador de rede de distribuição em Baixa Tensão (ORD BT) “manifestam um compromisso generalizado com o desenvolvimento das redes inteligentes de distribuição de energia elétrica, traduzido na situação atual de instalação de contadores inteligentes e de disponibilização de serviços avançados aos clientes, mas também nos planos para futuro”.

O regulador adianta que “um número significativo de instalações em BTN” com contador inteligente já tem acesso “a alguns serviços inovadores, ainda que não estejam integradas nas redes inteligentes, correspondendo a 22% de clientes”.

Em causa estão serviços como a “leitura remota mensal do contador ou a atuação remota para alguns serviços concretos”. A ERSE revela, ainda, que as instalações BTN integradas em redes inteligentes totalizavam, no final de 2020, 16% do total, ou seja, um milhão de cliente. “Em resumo, cerca de 38% das instalações BTN já têm acesso a algum tipo de serviços remotos, incluindo leituras diárias ou mensais”, lê-se.

A ERSE considera também que os operadores de rede de distribuição em baixa tensão “manifestam um compromisso generalizado com o desenvolvimento das redes inteligentes de distribuição de energia elétrica, traduzido na situação atual de instalação de contadores inteligentes e de disponibilização de serviços avançados aos clientes, mas também nos planos para futuro”.

Estes operadores de rede de distribuição em baixa tensão acreditam que, no final de 2022, 50% das instalações de BTN já estejam integradas numa rede inteligente e que, em 2024, a percentagem seja já de 74%.

Apesar dos avanços relatados, o regulador nota que “alguns comercializadores evidenciaram desconhecimento da regulamentação em vigor relacionada com o acesso ao registo das instalações integradas nas redes inteligentes”. Ou seja, a ERSE diz que há lacunas na comunicação dos comercializadores, apontando que as mesmas podem ser solucionadas com “o reforço da informação disponibilizada aos comercializadores, designadamente relativamente às obrigações e direitos dos comercializadores e dos clientes”.

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