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Mais de 60% dos clientes bancários em Portugal consideram comissões elevadas

Estudo realizado pela instituição financeira de pagamentos, Nickel, com a DATA E, revela que “mais de metade dos portugueses demonstram um crescente descontentamento com os custos e a acessibilidade aos serviços bancários”.
5 Dezembro 2023, 15h13

Mais de 60% dos clientes bancários em Portugal consideram as comissões associadas às suas contas elevadas, de acordo com um estudo realizado pela instituição financeira de pagamentos Nickel com a Data E.

De acordo com o relatório, “mais de metade dos portugueses demonstram um crescente descontentamento com os custos e a acessibilidade aos serviços bancários”, relacionado, sobretudo, com as “comissões de manutenção elevadas” e com a “restrição dos horários de funcionamento”, explicam as entidades numa nota de imprensa emitida a propósito da divulgação do documento.

“O valor das comissões aplicadas às contas à ordem tem sido um grande fator de peso na relação dos portugueses com as entidades bancárias com as quais trabalham, sendo que mais de 61% dos inquiridos consideram as comissões de manutenção que pagam demasiado elevadas”, concluíram.

Em números, acima de 47% dos inquiridos admitem pagar até 60 euros por ano de comissão bancária, enquanto 26% dizem gastar entre 60 a 120 euros; 2% pagam mais de 120 euros anuais na comissão de manutenção de conta.

Por outro lado, 22% dos participantes no estudo revelaram não pagar comissões de conta e 3% desconhecem qual o valor da comissão debitado.

João Guerra, CEO da Nickel em Portugal, considera as comissões bancárias “uma problemática recorrente do sector financeiro nacional”.

“Devido aos tempos de instabilidade económica por que passamos, têm sido uma preocupação crescente dos portugueses. Certo de que a rentabilidade é um aspeto fundamental para todos os players financeiros, torna-se necessário reavaliarmos os modelos de funcionamento da banca, dotando-a de maior flexibilidade e garantido que as pessoas pagam, com mais exatidão, aquilo que corresponde apenas às suas necessidades. A mesma lógica deve ser aplicada à questão do funcionamento restrito das agências bancárias, encontrando soluções que potenciem o contacto direto da entidade com o consumidor de forma inovadora”, explica.

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