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Mais de 80% dos colaboradores portugueses estão disponíveis para teletrabalhar noutro concelho

Entre as conclusões, destaca-se que no distrito do Porto é onde mais trabalhadores portugueses (91%) mostraram disponibilidade remotamente a partir de um município diferente. Por outro lado, 37% dos portugueses afirma que a pandemia “mudou completamente a forma como encaram o trabalho” e “como vivem as suas vidas”.
30 Setembro 2021, 07h50

A popularização do trabalho remoto foi uma das consequências dos confinamentos provocados pela pandemia de Covid-19 um pouco por todo o mundo. Em Portugal, 89% dos trabalhadores revelam disponibilidade para adotar esta forma de trabalhar num município diferente, segundo revela um estudo da Bloom Consulting.

A consultora procurou saber perceções e opiniões dos cidadãos nacionais não só acerca da gestão da pandemia nos municípios, mas também sobre mudanças de comportamentos, as novas exigências e receios em relação a trabalhar, viver e visitar os 308 municípios portugueses.

Entre as conclusões, destaca-se que no distrito do Porto é onde mais trabalhadores portugueses (91%) mostraram disponibilidade remotamente a partir de um município diferente. Por outro lado, 37% dos portugueses afirma que a pandemia “mudou completamente a forma como encaram o trabalho” e “como vivem as suas vidas”.

Apesar de afirmarem que sentiram as mudanças, 47% revela que não o fazem de forma tão radical, sendo este impacto definido como “parcial”. Para 14% dos cidadãos nacionais, a forma como olham para o trabalho e o seu estilo de vida não foi afetada significativamente pela pandemia, sendo que 2% não consegue ainda medir este impacto.

No que diz respeito às faixas etárias, o desejo de um modelo híbrido de trabalho (escritório + trabalho remoto) é mais proeminente entre os grupos mais jovens, entre os 18 e 24 anos, entre os 25 e 34 anos e entre os 35 e 44 anos, sendo que as gerações acima dos 45 se mostram mais resistentes a esta nova tendência laboral.

Sobre os trabalhadores, 73% afirma que não quer ter um trabalho 100% presencial e apenas 31% afirma um desejo de voltar a trabalhar no seu escritório ou local de trabalho habitual a tempo inteiro. 27% dos cidadãos portugueses afirma querer trabalhar de forma 100% remota enquanto 42% dos trabalhadores portugueses gostaria de ver implementada uma solução híbrida, combinando escritório e trabalho remoto.

Para Filipe Roquete, diretor geral da Bloom Consulting Portugal, “estes dados são reveladores dos efeitos da pandemia no estilo de vida e na forma como os portugueses olham para a sua atividade profissional, uma visão que não se limita a um pequeno ajuste conforme as regras, restrições e necessidade de adaptabilidade em certos momentos desta situação em que vivemos, mas sim a uma profunda mudança que influenciará as decisões de onde viver, onde trabalhar e, acima de tudo, a exigências aos executivos locais para que os locais onde vivem e trabalham correspondam às novas expectativas”.

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