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Mais de 90% das imobiliárias registaram quebras no volume de negócios em abril

Inquérito da APEMIP revela que 50% das empresas inquiridas suspenderam totalmente a sua atividade, sendo que 45,8% optaram pela suspensão parcial.
  • Luis Lima, Presidente da APEMIP
6 Maio 2020, 14h15

Mais de 90% das imobiliárias portuguesas registaram quebras no volume de negócios e de procura por habitação no mês de abril. Este é um dos principais indicadores de um inquérito realizado junto das empresas de mediação imobiliária pela Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), divulgado esta quarta-feira, 6 de maio.

Este inquérito pretendeu compreender o impacto que a pandemia da Covid-19 teve neste setor durante o último mês, no qual 50% das empresas inquiridas suspenderam totalmente a sua atividade, sendo que 45,8% optaram pela suspensão parcial.

A quebra do volume de negócios foi sentida em 95,3% e a procura na ordem dos 92,5%. Além disso, 62,7% das mediadoras revelaram desistências dos clientes de negócios que estavam em curso e 19,8% destes chegaram mesmo a desistir da compra após celebração do Contrato de Promessa de Compra e Venda (CPCV).

O presidente da APEMIP, Luís Lima afirma que “estes números demonstram que a atividade esteve praticamente parada durante o mês de abril”. Ainda assim, o responsável mostra-se satisfeito com a reabertura da economia do país após o período de confinamento.

“Temos uma oportunidade da dinamização do mercado de arrendamento e do investimento para este setor (que se estima que cresça) e também uma janela de oportunidade na captação de não residentes para Portugal, que não sendo imediata poderá ser promovida pela generalização do teletrabalho e pela segurança que o País tem transmitido pela forma como está a lidar com esta crise sanitária” refere.

Luís Lima assume não ter ficado surpreendido com o facto de mais de metade das empresas  ter recorrido a alguma das medidas excecionais previstas pelo Estado. “Como podemos ver nos resultados deste inquérito, a quebra de receitas das empresas foi brutal e é natural que tenha havido necessidade em recorrer aos apoios promovidos, que não tenho dúvida de que ajudaram a garantir a sobrevivência de muitas empresas”, salienta.

Este inquérito foi realizado online entre 28 de abril e 4 de maio, e contou com a participação de cerca de 4.000 empresas de mediação imobiliária licenciadas a operar em Portugal.

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