Mais de um terço das casas em Portugal fica três a 12 meses no mercado

Mais de um terço (34%) das casas em Portugal vende-se entre três a 12 meses, de acordo com o portal idealista. No entanto, cerca de 11% dos imóveis comprados no primeiro trimestre do ano estiveram menos de uma semana disponíveis ao mercado e 9% ficaram durante mais de um ano com anúncios neste marketplace imobiliário.

O fenómeno que abrange esses 11% é designado como “vendas expresso” e notório também em Lisboa e no Porto, onde atingem percentagens de 10% e 15%, respetivamente. As grandes metrópoles do país continuam a registar maior procura, o que depois não se verifica noutras cidades a norte. Por exemplo, no distrito da Guarda quase metade (45%) das casas fica mais de um ano à venda. Já a capital de distrito onde se registaram menos “vendas expresso” foi Viseu (3%).

Então, quem ganha este campeonato? É a cidade de Faro, que se destaca nas vendas expresso com a percentagem mais elevadas: 33% das casas são vendidas em menos de sete dias. Seguem-se Portalegre (25%), Porto (15%), Braga (14%), Évora (14%), Setúbal (14%), Vila Real (14%), Castelo Branco (13%), Coimbra (11%) e Leiria (11%). Lisboa (10%), Viana do Castelo (10%), Ponta Delgada (9%), Santarém (9%) e Funchal (8%) encontram-se mesmo abaixo da média do país.

Em termos gerais, 22% dos fogos esteve no mercado entre duas semanas e um mês e 24% entre um e três meses, segundo a análise do idealista às publicações dos utilizadores nos primeiros três meses de 2024 e o tempo de permanência desses anúncios.

“Em Aveiro e Beja, apenas 7% das transações se realizaram em menos de sete dias no primeiro trimestre. Já em Bragança e Guarda, nenhuma casa foi vendida nesse período”, explica ainda o idealista.

Os analistas adiantam ainda que foi o distrito do Porto onde mais casas foram vendidas em menos de uma semana durante os primeiros três meses do ano (16%), seguindo-se Braga (14%), Castelo Branco (11%), Aveiro (10%), Lisboa (10%), Vila Real (10%), Faro (10%), Viana do Castelo (9%), Guarda (9%), Coimbra (9%), ilha da Madeira (8%), Setúbal (8%), Leiria (8%) e Évora (8%).

Mais uma vez, foi no distrito de Viseu que essa percentagem ficou aquém e semelhante à da cidade em si: 4%. Logo a seguir Beja (5%), Santarém (6%), ilha de São Miguel (7%) e Portalegre (7%). Bragança nem regista percentagem, porque nenhuma casa foi vendida em menos de uma semana.