As receitas dos clubes de futebol mais abastados da Europa afundaram mais de mil milhões de euros na época 2019/2020, um prejuízo que se tem agravado ainda mais na época 2020/2021 para os dois mil milhões de euros, de acordo com um estudo da Deloitte, divulgado esta terça-feira. O impacto da pandemia da Covid-19 no desporto rei está na origem das quebras observadas.
A segunda metade da época desportiva 2019/2020 ficou marcada pela interrupção das competições, incluindo o futebol profissional europeu, tendo em conta as medidas de mitigação da propagação do novo coronavírus, na Europa, a partir de março do ano passado. De acordo com o relatório “Deloitte Football Money League”, a ausência de bilheteira, o decréscimo registado nos direitos televisivos e os impactos comerciais da “pausa” forçada nas competições foram criticas para as receitas dos maiores clubes europeus. Efeitos que não estão longe de voltar a ser sentidos, tendo em conta que a pandemia não está controlada.
Os clubes mais ricos da Europa, contudo, registaram receitas significativas, com os emblemas espanhóis a apresentar as melhores faturações.
A liderar a lista dos mais ricos continuam os catalães do Barcelona, cuja receita em 2019/2020 ascendeu aos 715 milhões de euros. O valor compara com os 840 milhões observados na época anterior.
Segue-se o Real Madrid com uma receita de 714 milhões de euros – menos 39 milhões de euros face a 2018/2019 -, e os alemães do Bayern de Munique, que subiram uma posição no ranking da Deloitte em relação ao ano anterior. O clube bávaro registou um encaixe de 634 milhões de euros, um decréscimo de 26 milhões de euros comparativamente com a época 2018/2019.
Da terceira posição para a quarta do ranking da Deloitte caiu o Manchester United. O inquilino de Old Trafford obteve uma receita de 580 milhões de euros, menos 131 milhões de euros face à época anterior.
A fechar o top5 está o Liverpool. A equipa inglesa subiu do sétimo posto para o quinto, com um encaixe de 558 milhões de euros em 2019/2020. Ainda assim, uma receita 45 milhões inferior ao registado em 2018/2019.
Para encontrar um clube português é preciso descer até à 23.ª posição do ranking. Trata-se do Benfica que, segundo a Deloitte, encaixou 170 milhões de euros na temporada 2019/2020. A par do Ajax de Amesterdão, que ocupa o 27.º posto, são os únicos dois clubes no ranking da consultora que não jogam numa das ligas ‘big five’ a figurar no top 30.
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