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Manchester City banido da Liga dos Campeões por duas temporadas e multado em 30 milhões de euros

Clube onde milita Bernardo Silva e João Cancelo está fora da maior prova europeia de clubes e vai ter de pagar uma multa de 30 milhões de euros, avança a imprensa inglesa.
  • REUTERS/Stephane Mahe
14 Fevereiro 2020, 18h40

O Manchester City, clube treinado por Pep Guardiola e onde figuram os portugueses Bernardo Silva e João Cancelo, terá sido banido da Liga dos Campeões por duas temporadas por parte da UEFA e terá sido multado no montante de 30 milhões de euros, avança o britânico “Daily Mirror”.

Na origem da penalização aos ‘citizens’ está a quebra das regras do Fair Play Financeiro e ainda a adulteração de valores relativamente aos valores de patrocínio da Etihad ao Manchester City. Esta decisão é possível de recurso para o Tribunal Arbitral de Desporto e caso haja um recurso para o TAS o castigo agora revelado pode ficar suspenso até ao final da temporada.

Em janeiro deste ano, foi noticiado que o Manchester City terá dado valores falsos à UEFA sobre o Fair Play Financeiro em 2014. Segundo uma investigação feita pelo jornal “The Guardian” revelada esta quinta-feira, 23 de janeiro, os citizens estão também acusados de não ter entregue os extratos bancários e caso estas ilegalidades fiquem provadas, o clube inglês enfrenta pesadas sanções.

Em 2012 e 2013 os relatórios financeiros do Manchester City indicavam 118,75 milhões de libras (140 milhões de euros) em patrocínios de empresas que se encontram sediadas em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos e do qual é originário o dono do clube inglês, o Sheikh Mansour bin Zayed al-Nahyan. No entanto, os métodos contabilísticos usados com o dinheiro das transferências e a criação de duas novas empresas foram rejeitadas.

Cerca de 60 milhões de libras (71 milhões de euros) foram adicionadas às perdas do clube pela UEFA como resultado de investigações relacionadas com os métodos contabilísticos, de acordo com o “The Guardian”. O órgão que tutela o futebol europeu contratou consultores em 2014 que analisaram as contas do clube inglês nesse ano, concluindo que o emblema de Manchester havia tido prejuízos de 180 milhões de euros em 2012 e 2013, valor muito acima dos 45 milhões previstos pelo Fair Play Financeiro da UEFA.

O acordo assinado em maio de 2014 entre o Manchester City e a UEFA acabou por um travão nas verbas gastas nas transferências de jogadores, mas segundo o jornal inglês, alguns membros da UEFA, eram da opinião que a entidade deveria ter aplicado os regulamentos de forma rigorosa ao clube logo naquela altura. De tal forma, que meses depois do acordo assinado um dos responsáveis da UEFA acabou por se demitir.

(em atualização)

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