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Manuel Pinho à saída do DCIAP: “Estive três horas a beber café e a fumar cigarros”

Ao final de três horas, o ex-ministro da Economia de José Sócrates, à saída do DCIAP, disse aos jornalistas que esteve “três horas a beber café e a fumar cigarros” e que não conseguiu esclarecer as dúvidas do Ministério Público e eventualmente trazer novas informações ao processo.
caso EDP
10 Setembro 2019, 17h27

Pela terceira vez, Manuel Pinho foi chamado esta terça-feira ao Departamento Central de Investigação e Ação Penal e não pode prestar declarações, uma deslocação que visava obter o testemunho do ex-ministro no processo relativo às rendas excessivas da EDP.

Razões técnicas, relacionadas com outro arguido, levaram a que de novo o DCIAP não interrogasse Manuel Pinho no âmbito do processo de investigação às rendas excessivas.

Ao final de três horas, o ex-ministro da Economia de José Sócrates, à saída do DCIAP, disse aos jornalistas que esteve “três horas a beber café e a fumar cigarros” e que não conseguiu esclarecer as dúvidas do Ministério Público e eventualmente trazer novas informações ao processo.

O advogado Ricardo Sá Fernandes explicou que, durante esse período de quase três horas, os procuradores estiveram a apreciar a possibilidade de iniciar o interrogatório apesar do requerimento de outro arguido, tendo chegado à conclusão que não deviam dar início à inquirição.

“Tem a ver com um recurso que está pendente e os procuradores entenderam que em face disso não deveria começar a inquirição por razões também tecnicamente compreensivas”, explicou Ricardo Sá Fernandes.

Esta foi a terceira vez que Manuel Pinho foi chamado ao DCIAP e acabou por não prestar declarações, “não porque não queira mas porque não pôde”, realçou o advogado do ex-governante, que revelou que a inquirição foi adiada sine die.

Antes da sessão, o advogado Ricardo Sá Fernandes disse que o seu cliente esperava que os procuradores confrontassem o ex-ministro com os factos que lhe são imputados do caso das rendas excessivas da EDP. Pela terceira vez, o ex-ministro não foi ouvido pelas autoridades.

O processo das rendas excessivas da EDP está há cerca de sete anos em investigação.

 

 

 

 

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