Na intervenção na sessão de abertura do Fórum Nacional Confie no Futuro, promovido pelo PS e que está a decorrer no edifício da Alfândega do Porto, Manuel Pizarro respondeu ao comentário do líder da oposição hoje publicado na sua conta no Twitter.
Nessa publicação, Rui Rio sugeriu que a realização de eleições legislativas em 30 de janeiro influenciou a detenção do ex-banqueiro João Rendeiro, no sábado, na África do Sul.
“O diretor da PJ deu uma conferência de imprensa de manhã. Depois esteve na RTP às 13h, na CMTV às 17h, na CNN às 19h e, exibindo o seu dom da ubiquidade, conseguiu estar às 20h, ao mesmo tempo, na SIC e na TVI. Pelos vistos, o azar de João Rendeiro foi haver eleições em janeiro”, escreveu Rio.
Falando para as centenas de participantes no fórum, Manuel Pizarro considerou que Rui Rio ficou “zangado” pela Polícia Judiciária ter “conseguido deter João Rendeiro”, situação que, assinalou, rivaliza com o sentimento dos socialistas “felizes e contentes por a PJ ter posto a mão num criminoso”.
“Parabéns à PJ por mostrar que em Portugal o Estado de direito está vivo e funciona”, acrescentou o dirigente socialista.
Em conferência de imprensa no sábado, o diretor nacional da PJ, Luís Neves, revelou que João Rendeiro foi detido às 07:00 locais (05:00 em Lisboa) na República da África do Sul, onde chegou no dia 18 de setembro, adiantando que o ex-banqueiro reagiu com surpresa à detenção “porque não estava à espera”.
O objetivo agora é “decretar o cumprimento da prisão” do ex-banqueiro, disse Luís Neves, em conferência de imprensa, na sede da PJ, em Lisboa, adiantando que o ex-banqueiro será presente a tribunal nas próximas 48 horas.
Questionado sobre quando deverá entrar em Portugal, o diretor nacional da PJ afirmou que “esse é um assunto que agora compete às autoridades judiciais da República da África do Sul”.
Fonte da polícia sul-africana disse à Lusa que o ex-banqueiro será ouvido num tribunal de Durban na segunda-feira.
João Rendeiro, que em 28 de setembro foi condenado a três anos e seis meses de prisão efetiva, num processo por crimes de burla qualificada, estava no estrangeiro e em parte incerta, fugido à justiça.
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