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Manuela Pacheco: “Mantém-se a nossa grande preocupação com o processo de revisão de margens”

A nova direção da Associação de Farmácias de Portugal toma posse esta segunda-feira. Ao Jornal Económico a reeleita presidente defendeu a necessidade de garantir a sustentabilidade das farmácias.
14 Maio 2018, 07h05

Manuela Pacheco, reeleita presidente da Associação de Farmácias de Portugal (AFP) no passado dia 8 e que hoje toma posse, afirmou ao Jornal Económico encarar este novo mandato, com uma “responsabilidade acrescida de defesa da sustentabilidade e do bom funcionamento das farmácias”. Só a sustentabilidade garantirá o desenvolvimento do SNS e o acesso dos cidadãos aos medicamentos de que necessitam.

No último mandato, disse a dirigente da AFP, “reforçámos a nossa presença e envolvimento em inúmeros momentos determinantes para a definição do futuro da Saúde em Portugal”, mas há ainda muito a fazer.  ”Temos ainda muitas promessas que fizeram parte do compromisso assinado com o Ministério da Saúde, que ainda não avançaram e que a sua não execução compromete a sobrevivência de muitas farmácias, sendo que por último são sempre os cidadãos que saem prejudicados”, vincou.

No concreto, mantém-se a “grande preocupação” da direção da AFP  com o processo de revisão de margens, “importantíssimo para garantir a viabilidade das farmácias do interior, que estão a atravessar sérios problemas financeiros”. As farmácias, explica Manuela Pacheco, embora façam parte do sector privado, cumprem uma função essencial na cadeia de valor do SNS, nomeadamente no campo da prevenção tendo em conta a proximidade e acompanhamento dos cidadãos. Sendo fundamental, assim, que os serviços prestados pelas farmácias aos utentes sejam efetivamente reconhecidos e remunerados, sendo uma forma de apoiar a sustentabilidade de muitas farmácias do país.

Entre as evoluções, Manuela Pacheco destaca a alteração recente à portaria que definiu, pela primeira vez, o conjunto de serviços que as farmácias podem prestar aos seus utentes, assim como a portaria de autorização dos testes rápidos para a deteção de infeção por VIH e hepatites virais (B e C).

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