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“Manutenção de aviões da TAP no Brasil termina este ano”, anuncia Miguel Frasquilho

A partir desta ano a manutenção de aeronaves da TAP termina no Brasil, passando a ser assegurada em Portugal, revelou o Chairman da TAP, Miguel Frasquilho, na audição parlamentar efetuada esta terça-feira
23 Fevereiro 2021, 15h57

“O plano de reestruturação não prevê manutenção de aeronaves no Brasil já a partir deste ano”, passando a manutenção de aviões ser feita em Portugal, revelou o chairman da TAP, Miguel Frasquilho, esta tarde na audição na Comissão Parlamentar de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, agendada para 23 de fevereiro por proposta do PSD e do IL – Iniciativa Liberal, autores dos requerimentos.

“A TAP está a viver a maior crise da sua história. O Plano de Reestruturação apresentado em Bruxelas, tem como principal preocupação a sustentabilidade da TAP e de 7000 postos de trabalho diretos e mais de 100 mil indiretos”. “A administração da TAP assegura coesão territorial e transporte de carga relacionada com a crise da pandemia da Covid-19. O sector da aviação civil já absorveu 173 mil milhões de dólares em empréstimos diretos e garantias públicas para obtenção de financiamento no mercado, mais outros diversos tipos de apoios, num total que a IATA estima em 220 mil milhões de dólares”, refere o chairman da TAP.

Neste enquadramento “a TAP recebe um apoio estatal de 1,2 mil milhões de euros, quando a Lufthansa recebe nove mil milhões de euros e a Air France sete mil milhões de euros. “A TAP mantém-se com o recurso de todos os contribuintes portugueses, que toda a TAP agradece, mas o retorno será duas a três vezes superior ao montante de apoios que vier a obter”, refere Miguel Frasquilho, aguardando que a companhia aérea possa “apresentar um resultado equilibrado em 2023”, adianta o chairman da TAP.

“O plano de reestruturação da TAP é muito duro e foi laborado em pouco tempo, incluindo a venda de ativos, a redução de custos para melhorar o balanço da TAP”, sendo o equilíbrio da estrutura de capital da TAP “uma necessidade para salvar a companhia”, para o que foi necessário, segundo Miguel Frasquilho, a declaração da TAP como empresa em situação difícil. “Há sacrifícios pedidos a todos, que trouxeram dificuldades às vidas dos trabalhadores da TAP e aos seus empregos, no âmbito das negociações intensas e difíceis concretizadas, mas sérias, com todos os sindicatos, já concluídas com sucesso com 12 sindicatos, num total dos 14 sindicatos do Grupo TAP”, refere.

“Em breve serão publicados todos os acordos ratificados, ou o regime sucedâneo – todos entram em vigor a 1 de março – mas este plano não fará da TAP uma ‘Tapzinha’, garantindo a continuidade do modelo de conexão internacional – com a TAP Express a assegurar as ligações ao Porto e a Faro – de forma a que a TAP consiga ser mais competitiva, com uma frota renovada – o que implicou o investimento recente na frota Neo da Airbus, que reduz o custo do combustível e diminui a pegada ambiental nas rotas para o Brasil, os EUA e para o continente africano por, pelo menos, mais 75 anos”, concluiu Miguel Frasquilho no início da sua audição parlamentar

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