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Maratona tecnológica tem 10 mil euros para oferecer a quem melhorar literacia jurídica

A primeira edição do “Legal Hackathon”, organizada pela Vieira de Almeida e pela Startup Lisboa, está a receber candidaturas de universitários, profissionais e empreendedores individuais ou em equipas até ao próximo dia 28 de fevereiro.
11 Fevereiro 2019, 13h35

Como evitar perdas de tempo na resolução de questões jurídicas? Como tornar a linguagem jurídica mais acessível? Como facilitar o acesso a informação jurídica credível e adequada? Como promover o empoderamento legal de todos os cidadãos? É a estas quatro questões que os participantes no primeiro “Legal Hackathon” em Portugal procurarão responder.

A maratona de programação, organizada pela sociedade de advogados Vieira de Almeida (VdA) – através da Fundação Vasco Vieira de Almeida – e pela incubadora a Startup Lisboa, quer aliar (ainda mais) a tecnologia ao Direito e aumentar a literacia jurídica dos cidadãos portugueses com o apoio de soluções digitais. A ideia passa por inovar na área de legaltech para que as pessoas se tornem mais autónomas nos processos jurídicos. Para tal, os participantes terão de, durante dois dias (16 e 17 de março), resolver os problemas propostos pela organização.

O concurso premiará, mais tarde, os três primeiros classificados com uma bolsa de horas de apoio jurídico gratuito para o lançamento do seu projeto, sendo que o primeiro lugar receberá também 7.000 euros, o segundo 2.000 euros e o terceiro 1.000 euros.

“Este evento vem ao encontro dos valores que estão na génese da fundação, no sentido de promover uma cidadania esclarecida num estado de direito democrático e fomentar a divulgação do conhecimento apoiando projetos inovadores, que facilitem a inclusão social, reconhecendo o papel incontornável da tecnologia nesse propósito”, diz João Vieira de Almeida, managing partner do escritório.

O “Legal Hackathon” – que conta também com o apoio das multinacionais Microsoft e OutSystems e do instituto de Life Long Learning (educação continuada) da UNESCO – está a receber candidaturas de universitários, profissionais e empreendedores individuais ou em equipas (maiores de 18 anos) até ao próximo dia 28 de fevereiro. As inscrições serão, depois, analisadas (com base em critérios que ainda não foram tornados públicos), e a seleção final será anunciada até 7 de março.

O lançamento oficial deste programa será feito na quarta-feira através de uma conferência que procurará debater o papel das novas tecnologias na aproximação dos cidadãos ao Direito. Intitulada “A Tecnologia ao Serviço do Direito no Século XXI”, a sessão (gratuita mediante inscrição) começa às 9h30 com o discurso de João Vieira de Almeida e de Duarte Cordeiro.

Recentemente, a Startup Lisboa, criada Câmara Municipal de Lisboa, pelo Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação (IAPMEI) e pela Caixa Económica Montepio Geral (CMEG) completou, sete anos. Ao longo deste período, a incubadora já apoiou aproximadamente 300 startups, que criaram cerca de 1.870 postos de trabalho, e juntou à sua comunidade mais de 120 mentores e 80 empresas. Miguel Fontes, CEO da Startup Lisboa, espera que este novo desafio “consiga motivar a comunidade de estudantes e os empreendedores tecnológicos a pensarem e a desenvolverem soluções digitais e tecnológicas que ajudem os cidadãos a relacionarem-se com o mundo jurídico de uma forma bem mais fácil e acessível”.

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