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Marcas de luxo italianas unem-se para manter os negócios locais

Itália abriga milhares de pequenos fabricantes que cobrem cerca de 55% da produção global de roupas de luxo e artigos de couro, estando agora estas empresas a unir-se para proteger as suas cadeias de fornecimento e as raízes italianas de empresas menores.
9 – Itália
14 Julho 2023, 15h47

Os grupos de moda de luxo italianos estão a unir-se para proteger as suas cadeias de fornecimento e as raízes italianas de empresas menores, iniciando assim um novo espírito de colaboração, avança a “Reuters”.

O controle da cadeia de fornecimento tornou-se cada vez mais importante para as marcas de luxo, de forma a garantir que os produtos cheguem às lojas a tempo, também para evitar riscos de reputação relacionados com o fornecimento de matérias-primas ou condições de trabalho. Itália abriga milhares de pequenos fabricantes que cobrem cerca de 55% da produção global de roupas de luxo e artigos de couro, segundo a consultora Bain.

As cadeias de retalho italianas, de oficinas artesanais especializadas e de rótulos familiares, oferecem escolhas particularmente ricas para empresas maiores, com dinheiro para consolidar relacionamentos através de investimento. A Prada e a Ermenegildo Zegna adquiriram em junho, uma participação minoritária na empresa de malha Luigi Fedeli e Figlio.

Estas empresas já tinham investido anteriormente em conjunto na Filati Biagioli Modesto, em 2021, adquirindo uma participação maioritária num dos seus fornecedores, especializado na produção de caxemira e outros materiais de luxo.

Patrizio Bertelli, principal acionista e presidente do Prada Group, afirmou que “investimos na Biagioli para relançar uma empresa que estava em crise, enquanto que para a Fedeli foi para ajuda-la a crescer”.

Os grupos italianos têm enfrentado uma forte concorrência de grupos franceses, nomeadamente da LVMH ou da proprietária da Gucci, que também compraram fornecedores italianos ao longo dos anos, especialmente na indústria do couro.

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