O Presidente da República e recandidato a Belém defendeu este domingo que as moratórias de crédito deveriam ser estendidas até “2023 ou 2024”, por considerar que “a economia portuguesa só voltará a estar na situação em que estava em 2019” por essa altura.
“Eu penso que o sistema bancário tem revelado uma precaução apreciável em termos de acompanhamento da crise pandémica, económica e social. Às vezes chegam ecos de confederações sindicais ou patronais que gostariam de mais, de outra intervenção do sistema bancário, mas penso que se está a caminhar sobretudo para estas medidas urgentíssimas para formas de intervenção direta do próprio Estado”, argumentou.
Em entrevista ao “Diário de Notícias” (DN) e à rádio TSF, Marcelo Rebelo de Sousa alertou também para as consequências económicas resultantes de um novo confinamento obrigatório, sublinhando que “há prejuízos muito significativos com um fechamento assim”.
Sobre o aumento dos salários, Marcelo Rebelo de Sousa afirma ser possível “para alguns setores económicos da atividade produtiva”, mas afirma que “na ótica dos empresários é exigente”. Adicionalmente, o Presidente da República (PR) considera que o Estado tem a responsabilidade de assegurar as compensações ao sector da restauração “enquanto durar a pandemia”.
Sobre a criação de uma task force para acompanhar a aplicação de fundos da bazuca europeia, revela que uma das suas preocupações foi precisamente “que a comissão independente prevista pela lei da Assembleia ser uma comissão que realmente tinha, desde logo, uma liderança muito governamental”.
“Há de haver uma comissão que o parlamento irá acompanhar, há de haver ação do Tribunal de Contas, que é fundamental e que está vocacionado para esse acompanhamento. O PR estará atento àquilo que sejam dados recolhidos das várias instâncias de acompanhamento, para ir acompanhando também o que vier a ser feito com os fundos”, acrescentou aos meios de comunicação social do grupo Global Media.
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