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Marcelo espera que “se encontre a melhor solução possível” para a TAP

Questionado sobre se deixar falir a TAP não é uma hipótese, o Presidente da República foi categórico em afirmar que “certamente não é uma hipótese que permita a Portugal ter uma empresa que salvaguarde o interesse português”. 
  • Miguel Figueiredo Lopes/Presidência da República handout via Lusa
30 Junho 2020, 18h09

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que espera que se encontre “a melhor solução possível” para a situação da TAP, quando questionado sobre a possibilidade do Governo nacionalizar a companhia área depois de não ter chegado a acordo com os investidores privados.

“O que interessa é que neste momento a solução que se encontre seja a melhor solução possível, digo possível porque as companhias de aviação estão todas numa situação dramática. A melhor solução possível para continuarmos a ter uma TAP portuguesa. Portuguesa quer dizer que prossiga o interesse de Portugal”, afirmou, em declarações aos jornalistas. “A concretização vamos esperar. Não tem o Presidente da República de se pronunciar sobre um processo que está em curso com vários cenários e vamos ver com que saída final”.

Questionado se deixar falir a TAP não é uma hipótese, Marcelo Rebelo de Sousa foi categórico em afirmar que “certamente não é uma hipótese que permita a Portugal ter uma empresa que salvaguarde o interesse português”.

“Agora o que importa é salvaguardar que a TAP sirva Portugal e os portugueses. Espero que seja o resultado do que porventura está a ser conversado 0u falado neste momento”, acrescentou sobre as notícias de que o Governo está a preparar a nacionalização da companhia área.

O jornal Expresso avançou hoje que o Estado português iria avançar para a nacionalização da TAP depois de o Estado não ter chegado a acordo com os acionistas privados sobre as condições para a injeção de 1.200 milhões de euros do Estado na TAP.

O ministro das Infraestruturas e da Habitação, durante uma audição da comissão parlamentar de Economia, Obras Públicas e Habitação, reiterou esta terça-feira que “a TAP é demasiado importante para deixarmos cair a TAP. Mil e duzentos milhões de euros é muito dinheiro, temos de fazer uma gestão criteriosa desse dinheiro, o que implica que nós consigamos deixar a TAP com uma dimensão que não aponte a uma ‘TAPzinha’, deixe a TAP com maiores probabilidades de sustentabilidade e de viabilidade futura”.

Pedro Nuno Santos assegurou que “se o privado não aceitar as condições do Estado, nós teremos de nacionalizar a empresa. Não vamos ceder ao privado, nem vamos deixar cair a empresa”.

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