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Marcelo Rebelo de Sousa admite estado de emergência até maio

Presidente da República admitiu que o plano de desconfinamento implica restrições à vida dos portugueses que necessitam de ser legitimadas e apelou aos portugueses para “compreenderem a importância do passo que está a ser dado”.
  • Miguel Figueiredo Lopes/Presidência da República handout via Lusa
22 Março 2021, 16h48

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, admitiu que Portugal continuará em estado de emergência até maio, com pelo menos mais uma renovação depois daquela que será votada pela Assembleia da República na próxima quinta-feira.

“Havendo um plano de desconfinamento até maio, isso quer dizer que há atividades parcialmente confinadas até maio. Portanto, é muito provável que haja estado de emergência a acompanhar essa realidade, pois legitima aquilo que, com maior ou menos extensão, são restrições na vida dos portugueses”, disse o chefe de Estado durante uma visita a uma escola básica em Lisboa.

Marcelo Rebelo de Sousa disse que, depois de sessão epidemiológica da manhã desta terça-feira, a realizar no Infarmed, irá receber os partidos com representação parlamentar nessa tarde e no dia seguinte, enviando à Assembleia da República um decreto de renovação do estado de emergência “sensivelmente igual” ao anterior. Uma diferença, no entanto, está garantida, pois o Presidente da República anunciou que fará uma comunicação aos portugueses.

“Além desta renovação praticamente certa é provável que haja outra ou outras renovações, dependendo do plano de desconfinamento que vai ser executado”, acrescentou Marcelo Rebelo de Sousa, acrescentando ser “fundamental que os portugueses, quer no período que se avizinha quer depois da Páscoa compreendam a importância do passo que está a ser dado e que todos queremos que seja tão definitivo quanto possível”.

O chefe de Estado recordou a “experiência de avanços e de recuos” no desconfinamento que está a ocorrer noutros países europeus, apontando os exemplos de Itália e de Espanha, onde se deslocou nas primeiras visitas de Estado do segundo mandato presidencial.

No que toca à vacinação, Marcelo Rebelo de Sousa admitiu que o processo poderia ter corrido melhor em toda a Europa – a Europa não pode ser o reino dos egoísmos e dos individualismos”, comentou -, acrescentando que tomou a segunda dose da vacina da Pfizer há duas semanas. Esperando haver um número suficiente de doses no segundo trimestre para compensar os atrasos, disse que a meta dos 70% da população adulta imunizada no final do verão manter-se-á exequível, dependendo do ritmo de vacinação.

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