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Marcelo Rebelo de Sousa António Costa e oposição reforçados no barómetro da Aximage

Protagonistas da política portuguesa aumentaram avaliações positivas em conjuntura de medidas mais restritivas devido à pandemia de Covid-19. Entrevistas foram realizadas entre 23 e 26 de novembro, dia em que foi aprovado o Orçamento do Estado para 2021.
  • Manuel de Almeida/Lusa
29 Novembro 2020, 11h32

O Presidente da República e o primeiro-ministro reforçaram a sua popularidade em novembro, segundo o barómetro da Aximage cujos resultados foram divulgados neste domingo pelo “Jornal de Notícias” e pela TSF. Marcelo Rebelo de Sousa subiu 14 pontos percentuais em relação ao mês anterior, tendo agora 74% de avaliações positivas, enquanto António Costa teve um acréscimo de cinco pontos percentuais, para 56%.

Apesar dessas boas notícias para o primeiro-ministro numa fase em que a pandemia de Covid-19 está a ser acompanhada por medidas restritivas, o barómetro da Aximage, com entrevistas realizadas entre 23 e 26 de novembro (dia em que a Assembleia da República aprovou o Orçamento do Estado para 2021) indica que 71% dos inquiridos defendem que o Presidente da República deve ser mais exigente com o Governo (apenas 23% pensam que não é necessário) e que 47% têm mais confiança em Marcelo Rebelo de Sousa do que em António Costa. Apenas 16% pensam o inverso e 31% dizem ter igual nível de confiança em ambos.

Também se mantém a transversalidade do apoio a Marcelo, ao ponto de apresentar em novembro melhores níveis de confiança entre o eleitorado socialista do que Costa, que só consegue superar o chefe de Estado entre os que votam na CDU. No que toca às avaliações, o primeiro-ministro atinge 90% de notas positivas no eleitorado do PS, enquanto o Presidente da República chega a 81%.

Rio em alta e Ventura lidera entre os mais jovens

O barómetro da Aximage também indica que a avaliação que os portugueses fazem da oposição parlamentar subiu muito em novembro, com um salto de 20 pontos percentuais, para 47%, nas opiniões positivas (contra 34% de negativas).

A principal figura da oposição é o líder social-democrata Rui Rio, que concentra 35% das respostas dos inquiridos, registando-se um empate entre a coordenadora bloquista Catarina Martins e o deputado único e presidente do Chega, André Ventura, com o agora reeleito secretário-geral comunista Jerónimo de Sousa muito distante, com apenas 4%.

Ventura é tido como a principal figura da oposição pelos eleitores mais jovens (dos 18 aos 34 anos) e por aqueles que votariam na CDU, CDS, PAN, Iniciativa Liberal e Chega, enquanto Rui Rio lidera de forma destacada no eleitorado do PSD e Catarina Martins toma a dianteira no PS, além do Bloco de Esquerda.

Apesar dos bons resultados do líder do Chega, o Barómetro também indica que 57% dos inquiridos defendem que o PSD não deverá fazer acordos com esse partido a nível nacional, repetindo a decisão que viabilizou o governo regional dos Açores presidido pelo social-democrata José Manuel Bolieiro. No entanto, essa taxa de rejeição desce para 50% (contra 37% de opiniões favoráveis) entre os eleitores do PSD.

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