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Marcelo Rebelo de Sousa: é tempo de “sermos todos, todos, todos europeus”

O Presidente da República afirmou que os motivos que levaram Portugal a aderir à então CEE permanecem inalterados. E que a paz é e continua a ser um desses motivos centrais.
Rodrigo Antunes/Lusa
12 Junho 2025, 11h26

O Presidente da República – que tratou de dirigir-se a Durão Barroso como “ex-presidente da Comissão Europeia, algo que tanto António Costa como Luís Montenegro trataram de esquecer – disse, na sua intervenção nos 40 anos da adesão de Portugal à CEE, que o facto de tantos políticos e partidos de diferentes proveniências se terem juntado ao projeto é prova de que constituía de facto um desígnio nacional. “Aqueles que se opuseram à adesão compreenderam a pouco e pouco” que não havia outro caminho. “Três gerações de políticos aqui presentes negociaram” aquilo que é sem qualquer dúvida a melhoria das condições de vida dos portugueses. “Com Durão Barroso e António Costa”, Portugal é o único Estado-membro não fundador a ter dois cargos de tão grande destaque no seio da União, recordou Marcelo Rebelo de Sousa.

“Justiça, solidariedade e bem estar para nós e para os outros” é o projeto europeu “de que nunca podemos desistir”. Valeu a pena? Claro que sim”, disse, para de seguida parafrasear Luís de Camões. “Foi tudo bem feito? Claro que não”, admitiu.

“Uma Europa das pessoas tem de continuar a ser uma prioridade e não um chavão. Mas a grande conquista chama-se paz e continua a ser o principal objetivo” comum. É nesse quadro que o atual contexto é tão importante. “A Europa vai do Atlântico aos Urais” sendo “tempo de lembrar” que a história da União é de paz.

“É tempo de dispormos de reforçada capacidade de defesa comum. A Europa não é um parceiro lateral à construção de paz na Europa. É tempo de os nossos parceiros transatlânticos perceberem” que lhes vale a pena “estar ao nosso lado” – como é também tempo de a “Rússia” voltar a perceber que “temos de ser todos, todos, todos europeus”, como disse alguém recentemente desaparecido.

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