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Marcelo sobre ameaça a deputados: “É tão condenável como se fosse contra qualquer outro cidadão”

“Este ato ganhou uma maior notoriedade mas é tão condenável um ato destes contra deputados como contra qualquer outro cidadão. Esta situação ganha outra dimensão na medida em que é contra deputados”, realçou o Presidente da República.
  • Miguel Figueiredo Lopes/Presidência da República handout via Lusa
13 Agosto 2020, 13h34

O Presidente da República manifestou-se esta quinta-feira sobre a ameaça da extrema-direita a dez cidadãos portugueses, entre os quais três deputadas do Parlamento, e considerou que este ato, apesar de ter ganho notoriedade, “é tão condenável contra deputados como seria contra qualquer outro cidadão”.

“Este ato ganhou uma maior notoriedade mas é tão condenável um ato destes contra deputados como contra qualquer outro cidadão. Esta situação ganha outra dimensão na medida em que é contra deputados”, realçou o Presidente da República.

Marcelo Rebelo de Sousa enfatizou o facto do Ministério Público estar a investigar esta matéria e garantiu o respeito por essa investigação.

Para Marcelo, e sobre este tema, “os democratas devem ser muito firmes nos seus princípios e devem ser sensatos; tolerância zero em relação àquilo que é condenado pela Constituição e sensatez significa estar atento para perceber como a manipulação tem sido noutros países uma forma de radicalizar a vida política e de debilitar a democracia”.

A Policia Judiciária (PJ) está a investigar ameaças feitas à associação SOS Racismo e a três deputadas. Em causa está um email recebido pela SOS Racismo com uma lista de dez pessoas que, de acordo com a exigência do remetente, têm 48 horas para sair de Portugal. Entre os nomes estão as deputadas Mariana Mortágua e Beatriz Gomes Dias do Bloco de Esquerda (BE) e Joacine Katar Moreira, deputada não inscrita.

Mamadou Ba, da SOS Racismo, já foi ouvido esta tarde nas instalações da Policia Judiciária em Lisboa. Em declarações à “RTP”, o BE indica que fez chegar esta informação ao “conhecimento à Polícia Judiciária e que vai apresentar queixa ao Ministério Público”.

A rádio “TSF”, teve acesso ao email no qual a denominada “Nova Ordem de Avis – Resistência Nacional” ameaça com “medidas contra estes dirigentes e os seus familiares” caso o prazo seja ultrapassado e adianta que “o mês de agosto será mês da luta contra os traidores da nação e do reerguer nacionalista”.

 

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