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Mariana Mortágua acusa Governo de ter “falseado argumentos” sobre Novo Banco (com áudio)

Para a deputada do Bloco de Esquerda, importava “saber qual é a medida que iria proteger o interesse público e poupar dinheiro aos contribuintes, garantindo o controlo de um banco tão importante” como o que é liderado por António Ramalho.
3 Maio 2021, 19h45

A deputada do Bloco de Esquerda (BE) Mariana Mortágua acusou esta segunda-feira o Governo de ter mascarado o debate sobre o Novo Banco e também de ter falseado argumentos.

Para Mariana Mortágua , importava “saber qual é a medida que iria proteger o interesse público e poupar dinheiro aos contribuintes, garantindo o controlo de um banco tão importante como o Novo Banco”. Mas, em alternativa, o Governo “mascarou este debate ao ter falseado argumentos”, segundo a bloquista.

Durante conferência de imprensa no Parlamento, a deputada do BE mencionou que o Tribunal de Contas (TdC), tal como o Bloco de Esquerda, critica “a incapacidade de comunicação” que se registou no Novo Banco.

Esta segunda, o TdC divulgou recomendações ao Governo e Fundo de Resolução. Ao Governo, através do ministro das Finanças, sugeriu providenciar a correção do registo do financiamento público do Novo Banco pelo Fundo de Resolução, ao abrigo do Acordo de Capitalização Contingente. Ao Fundo de Resolução recomendou assegurar que o valor a financiar é apropriadamente demonstrado, verificado e validado, antes de ser pago.

Mariana Mortágua referiu ainda que “todo o dinheiro injetado por via do fundo de resolução é dinheiro dos contribuintes portugueses”, acrescentando que “a auditoria deixa isso muito claro.

“Quando o Governo e o Banco de Portugal nos dizem que esta auditoria confirma que a solução encontrada manteve a estabilidade do sistema financeiro, nos aí podemos responder que qualquer medida que evitasse a liquidação do Banco, cumpriria o objetivo de estabilidade do sistema financeiro”, sublinhou a deputada do BE.

Por sua vez, Mário Centeno, Governador do Banco de Portugal, assegurou que não houve “qualquer falta de validação, verificação ou demonstração do rácio de capital do Novo Banco”.

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