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Mário Centeno confiante num acordo entre Bruxelas e Roma

Governo italiano disse esta segunda-feira à Comissão Europeia que não iria mudar a meta para o défice, mas que iria controlar as contas públicas nos próximos anos. As conversações foram classificadas por Centeno como um “diálogo construtivo” em curso como o caminho correto.
22 Outubro 2018, 18h35

O presidente do Eurogrupo e ministro das Finanças português acredita que a Comissão Europeia e o Governo italiano vão chegar a acordo de compromisso no que diz respeito às metas do défice para o país. Em entrevista à agência Reuters, Mário Centeno explicou que as conversações entre as duas partes estão a progredir de forma positiva.

“Não podemos ser complacentes nessa dimensão, mas também não precisamos de dramatismos. Confesso que as últimas notícias que temos neste processo, quer do lado da Comissão Europeia, quer do lado do Governo italianos são bastante positivas”, afirmou Centeno à Reuters. “É aquilo [acordo Bruxelas e Roma] que eu espero que aconteça”, referiu.

Itália respondeu esta segunda-feira à carta enviada por Bruxelas, sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2019. Roma tinha inscrito uma meta do défice de 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB), que a Comissão considerou que representa não só um risco de “não-conformidade grave” com as regras europeias como uma derrapagem orçamental “sem precedentes” no país.

O governo liderado por Giuseppe Conte afirmou que não iria mudar a meta, mas garantiu que iria controlar o défice nos próximos anos. As conversações foram classificadas por Centeno como um “diálogo construtivo” em curso como o caminho correto.

“Depois de termos tornado a área do euro uma área económica e monetária resiliente ficaria muito surpreendido que um Orçamento de um Estado pudesse causar um drama dentro da área do euro e que as instituições não conseguissem gerir este evento”, acrescentou.

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