Mário Nogueira, o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (FENPROF), esperava mais das medidas anunciadas pelo Governo para as escolas, pedindo, por um lado, mais medidas que ainda não foram adotadas, e, por outro, mais clareza e definição nas que foram já anunciadas.
Em comunicado, o responsável máximo pela federação dos professores lembra que, face aos surtos em escolas, que vão já “acima dos seiscentos”, seria expetável que fossem tomadas novas medidas, como distanciamento físico, testes generalizados ou o reforço do número de assistentes operacionais, de forma a garantir a adequada desinfeção dos espaços.
Em vez disso, argumenta a federação, a “incoerência” e “falta de clareza” das autoridades “contribui para que se estabeleça um clima de insegurança e desconfiança nada desejável” para o funcionamento dos estabelecimentos de ensino. Em específico, a FENPROF destaca a falta de uniformidade na testagem, sublinhando que a medição da “temperatura, só por si, nada permite apurar se estivermos perante indivíduos assintomáticos”.
Outro dos pontos que Mário Nogueira estranha prende-se com a mobilização dos docentes “sem componente letiva”. Sublinhando que em momento algum o Governo negociou esta possibilidade com os representantes sindicais, o secretário-geral questiona quem são estes professores, lembrando que, por exemplo, no caso dos professores sem horário, “a sua eventual mobilização para essa atividade irá criar dificuldades de funcionamento, uma vez que estes docentes realizam atividades de apoio, acompanhamento de alunos na falta de professores e muitas outras”.
No seu anúncio do estado de emergência que vigora a partir da próxima segunda-feira, dia 9 de novembro, António Costa fez saber que haverá funcionários públicos que poderão ser requisitados para auxiliar nas tarefas de rastreamento no Serviço Nacional de Saúde, incluindo “professores sem componente letiva”.
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