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Mário Palhares vai ser presidente da Comissão Executiva do BNI Angola

Mário Palhares, principal acionista do Banco BNI, está em vias de regressar ao cargo de presidente da comissão executiva (CEO) do banco, que havia deixado para assumir o de presidente do conselho de administração, avança o jornal online angolano Luanda Post. Isto numa altura em que o banco irá ser reestruturado com a redução de cerca de 350 trabalhadores.
4 Setembro 2020, 14h01

Mário Palhares, principal acionista do Banco BNI, está em vias de regressar ao cargo de presidente da comissão executiva (CEO) do banco, que havia deixado para assumir o de presidente do conselho de administração, avança o jornal online angolano Luanda Post.

Nos órgãos sociais do banco angolano que é dono do BNI Europa em Portugal, o atual vice-presidente do Conselho de Administração, José Garcia Bayol, deverá passara a Chairman, segundo o jornal angolano.

A Newsletter África Intelligence revelou recentemente que  Sandro Africano,  até agora CEO, irá passar a vice-presidente da comissão executiva, cita o Luanda Post.

“Face às dificuldades do BNI, e económicas e financeiras do país em geral, o banco tem previsto o despedimento de cerca de 350 trabalhadores”, adianta o mesmo jornal online que cita fontes.

O BNI tem em Portugal o BNI Europa, que chegou a estar à venda, tendo a entidade chinesa que estava na corrida recuado.

Mário Palhares acordou também a compra de mais de 30% do Finibanco Angola ao Montepio, mas a operação aguarda desenvolvimentos. Segundo o relatório e contas do Banco Montepio, a sua participada Montepio Holding SGPS,  “iniciou em maio de 2019, negociações com acionistas do Banco de Negócios Internacional (Angola) com vista a uma fusão entre o Finibanco Angola e o BNI (Angola), mantendo assim a intenção de não consolidação desta participação, nos termos da política contabilística aplicável”.

O mesmo documento diz que “a alienação dos 30,57% do Finibanco Angola foi efetuada sem existir qualquer pagamento associado. Os direitos associados à detenção das ações ficaram na posse do Grupo, incluindo o direito de voto e o direito ao dividendo”. Em resposta Mário Palhares já veio a público explicar que “nos termos do  Acordo inicial com o Montepio, o prazo de pagamento era de 8 anos, devendo terminar em 2023”. O acionista do BNI chegou mesmo a dizer que apresentou, “em Fevereiro do corrente ano, uma proposta de liquidação antecipada que não foi aceite pelo Montepio por razões imputáveis unicamente àquela entidade”. Na altura o Banco Montepio não quis comentar “essa proposta”.

Tal como outros bancos portugueses, o Montepio encontra-se sob pressão do Banco Central Europeu para reduzir a exposição a mercados de elevado risco, como é o caso de Angola e de Moçambique, diz o Luanda Post.

Constituído por escritura pública em 2006, o BNI tem como maior acionista Mário Moreira Palhares. O antigo vice-governador do Banco Nacional de Angola (entre 1991 e 1997) conta com uma posição de 28,28%.

O Luanda Post diz que na lista de acionistas de referência constam ainda o general João de Matos, antigo chefe de Estado-Maior-General das Forças Armadas Angolanas, com 11,63%, e Ivan Leite de Morais, filho de José Pedro de Morais Júnior, ex-ministro das Finanças e actual presidente do Conselho de Administração do angolano Banco Keve, com 5,29%.

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