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Marques Mendes: “Uma vez mais o PS divide o país em dois, o da função pública e o do privado”

O comentador abordou ainda a passagem de Armando Vara pelo parlamento, dizendo que foi “mais do mesmo”, e que revelou um homem “confuso, baralhado e descolado” da realidade.
16 Junho 2019, 21h14

O comentador da SIC, Marques Mendes, deixou algumas críticas às promessas do PS, em termos de programa eleitoral, dizendo que os socialistas mais uma vez dividiram o país em dois, o da função pública e o do setor privado. O antigo líder do PSD, abordou ainda a investigação judicial, as declarações de Armando Vara e de Constâncio, e a capa da Time.

Marques Mendes elogiou o profissionalismo com que o PS tem dirigido a sua ação política, criticando por outro o amadorismo da oposição.

Em causa estão as linhas orientadoras apresentadas pelo PS, em que se inclui a promessa de mais funcionários públicos e melhores salários. O comentador disse ainda que “vai ser difícil” ao PS alcançar maioria absoluta, mas que “não há dúvida que se percebeu que depois das europeias” o PS volta a sonhar com a maioria absoluta e que está a trabalhar para isso.

“Há uma preocupação de ter as suas causas e liderar o debate com o objetivo da maioria absoluta”, disse Marques Mendes.

Sublinhou, contudo, que “uma vez mais” o PS divide o país em dois, o da função pública e o do privado. “Há uma situação de favor aos funcionários públicos e de um certo desprezo no privado”, acrescentou.

Sobre o PSD, Marques Mendes diz que é um enigma. “Ninguém percebe o que se passa no PSD”, reforçou. “Em vez de estar ativo anda desaparecido”, acrescentou.

Marques Mendes diz que o PSD devia estar a lançar ideias. “Esse vazio pode ser preenchido por quem queira suceder a Rui Rio”, alertou.

Guterres na capa da Time

O comentador da SIC abordou ainda a capa da “Time”, com António Guterres, considerando-a “incontornável e genial” e que a fotografia é “muito feliz, muito assertiva e certeira”.

As investigações judiciais foi outro tema comentado. “Há uma mudança no plano das investigações judiciais. As investigações são muito mais frequentes, constantes, e assertivas. Anteriormente estavam muito centradas no estado central e agora há uma preocupação com as autarquias locais”, disse.

Marques Mendes referiu ainda que teme que isto possa despertar duas coisas, uma de que se esteja a “perseguir os autarcas e a “tentação de domesticar a justiça”, atitudes que, a acontecer,, seriam censuráveis.

Depoimentos de Armado Vara e acções de Constâncio

A passagem de Armando Vara pelo parlamento foi, , para Marques Mendes, “mais do mesmo” e revelou um homem confuso, baralhado e descolado” da realidade. “Continua a achar que se não fosse a crise estava tudo bem”, afirmou.

Sobre Constâncio, Marques Mendes disse em tom irónico que fez duas coisas fantásticas, referindo-se ao processo que o antigo governador do Banco de Portugal quis colocar ao jornal Público, e de ter-se feito de vítima.

“O país é vítima de Constâncio”, disse Marques Mendes.

 

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