Marriott: Maior grupo hoteleiro mundial quer novo hotel em Lisboa

A maior cadeia hoteleira mundial, a Marriott International, está à procura de parceiros investidores e da melhor localização para passar a ter em Lisboa mais um hotel, da cadeia W, uma das 30 marcas detidas pelo grupo.
António Pereira, diretor do Sheraton Lisboa Hotel & Spa, diz ao Jornal Económico que “a Marriott está sempre interessada em crescer e que em Portugal tem esse potencial de crescimento”.

“Podemos vir a ter mais unidades hoteleiras no país, dependendo das oportunidades”, diz, “Estamos abertos a novas parcerias para esse efeito, para que empresas multinacionais ou nacionais invistam neste negócio. Essa análise está em curso e estamos a estudar essas oportunidades”, acrescenta.

O grupo Marriot está presente em Portugal e vai abrir no próximo ano um hotel W no Algarve, nas imediações da zona da Galé.

A capital portuguesa é o objetivo seguinte. “Identificámos Lisboa, pelo tipo de cidade e pelo tipo de visitante, para ter um novo hotel W”, diz António Pereira.

Questionado sobre se a insígnia W seria a escolhida para a nova unidade hoteleira do grupo na capital portuguesa, António Pereira afirmou: “Consideramos que é um mercado excelente para o segmento topo de gama, para clientes até aos 40 anos, com poder de compra, que se enquadram no perfil das unidades hoteleiras W”.

“Estamos a procurar um investidor e um local. Esperamos ter uma decisão tomada antes de um horizonte de dois anos. De preferência, seria uma unidade de raiz, mas também podemos adaptar unidades hoteleiras já existentes”, diz.

Em termos de local, António Pereira adianta que está a olhar para uma localização perto do rio. “Em Alcântara, na 24 de julho, nessa faixa”, diz.

“Será uma unidade marcada por conceitos inovadores, que vai apostar na gastronomia e nas experiências”, aponta.

A nova unidade hoteleira W em Lisboa deverá ter capacidade para 180 quartos.

Sheraton já tem 45 anos

O grupo Marriot detém em Portugal um dos hotéis mais conhecidos da cidade de Lisboa, o Sheraton, que comemora este ano o seu 45º aniversário.

Dispõe, neste momento, de 369 quartos e dois pisos com salas de reunião com capacidade até 150 pessoas em simultâneo. Mais um restaurante com conceito gastronómico mediterrânico, o Panorama, com o reconhecido chef Miguel Paulino. A somar a um spa com piscina exterior aquecida, hamman, saunas, cardiofitness e oito salas de tratamento.

Foi feita uma profunda reforma em 2006/2007, “recolocando o hotel como um dos mais modernos de Lisboa”, oferecendo aos clientes programas fidelizados que podem ser acedidos através de uma app no smartphone ou tablet, em que já se pode fazer check out sem ter de passar pela receção.

O Sheraton sempre foi propriedade da Starwood Hotels, que, por sua vez foi comprada pela Marriott International. Em 2005, uma empresa portuguesa adquiriu o edifício, mantendo-se a gestão a cargo da Marriott, que gere mais de três dezenas de insígnias no sector hoteleiro a nível mundial. A compra do edifício do Sheraton Lisboa foi feita pela empresa HDP Portugal, num investimento superior a 35 milhões de euros, incluindo a reabilitação do hotel. A HDP, que também é proprietária do edifício do Sheraton Porto, é detida pela família de Mário Vasco Pereira, que além de ser um dos acionistas é o presidente do conselho de administração da empresa.

A aquisição da Starwood Hotels pela Marriott International, a 23 de setembro de 2016, por um montante avaliado em cerca de 11 mil milhões de euros, criou o maior grupo hoteleiro mundial. Em 2015, último exercício de que existem dados disponíveis, as receitas da Marriot a nível global ascenderam a cerca de 4,8 mil milhões de euros.

O grupo gere mais de seis mil hotéis e propriedades turístico-imobiliárias em todo o mundo, com mais de 1,1 milhões de quartos, isto é mais de um quarto de hotel por cada 15 existentes no planeta. Além do Sheraton Lisboa, a Marriot gere mais uma dezena de hotéis em Portugal, estando prevista a abertura de mais uma unidade W, no Algarve, para o próximo ano.