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Marta Temido: Centros de saúde representam fase “mais complexa e exigente” da vacinação

A ministra da Saúde assumiu que “as vacinas são a melhor forma de sair desta doença”, uma visão partilhada por António Costa que disse que só a vacinação permitirá a “erradicação desta pandemia”. A visitar o centro de saúde de Alvalade, onde começaram a ser administradas vacinas ao dia de hoje, o primeiro-ministro admite que nesta fase deverão ser vacinados cerca de 900 mil pessoas. 
Twitter António Costa
3 Fevereiro 2021, 11h13

A ministra da Saúde, Marta Temido, e o primeiro-ministro, António Costa, afirmaram que o processo de vacinação nos centros de saúde representam a fase “mais complexa, desafiante” e também “mais exigente” desde o processo teve início, no mês de janeiro. A vacinação que se inicia hoje nas unidades de saúde locais tem como objetivo imunizar cidadãos com mais de 80 anos e também com mais de 50 anos que apresentem comorbilidades.

Marta Temido assumiu que “as vacinas são a melhor forma de sair desta doença”, uma visão partilhada por António Costa que disse que só a vacinação permitirá a “erradicação desta pandemia”. A visitar o centro de saúde de Alvalade, onde começaram a ser administradas vacinas ao dia de hoje, o primeiro-ministro admite que nesta fase deverão ser vacinados cerca de 900 mil pessoas.

Os governantes sustentaram, após visita à unidade de cuidados de saúde, que não existe a necessidade de corrida aos centros de saúde, uma vez que os cidadãos serão contactados através de mensagem de texto (SMS). “Não vale a pena termos excesso de ansiedade, nem correr para as unidades de saúde locais. Cada um será contactado. É importante respeitar os critérios definidos pelos profissionais”, afirmou António Costa.

Marta Temido sustentou que esta é também uma forma de introduzir e testar os sistemas de mensagem, de forma a que estes sejam utilizados mais frequentemente. A ministra da Saúde acrescentou ainda, esclarecendo dúvidas existentes, que quem não tem médico de família se pode dirigir ao seu médico particular para tentar obter a declaração que permite a vacinação, desde que o cidadão cumpra os critérios definidos.

“Na semana passada, cerca de três centenas de pessoas já tinham essa declaração”, disse Marta Temido. A governante responsável pela Saúde garantiu que o objetivo é que este sistema chegue a todos os cidadãos adequadamente, existindo então alternativas aos médicos de família, visto que existem cidadãos que não estão inscritos nos centros de saúde.

Com o plano de vacinação contra a Covid-19 em vigor há um mês, o primeiro-ministro declarou que 400 mil pessoas já foram vacinas com a primeira toma da vacina, que é aplicada em duas doses, entre eles profissionais de saúde prioritários, utentes e pessoas que trabalham nos lares e outras residências de idosos. Marta Temido afirma que já foram vacinados muitos dos residentes e profissionais das estruturas para idosos e das unidades da rede de cuidados continuados, sendo que o processo continua a decorrer dado que em algumas unidades se verificaram surtos.

Com a chegada das vacinas aos centros de saúde, hoje em Lisboa e Vale do Tejo e amanhã na região Norte, verifica-se um “grande salto, que é chegar à população mais diversificada e recorrer a espaços menos confinados que os hospitais”, disse António Costa.

Na sua intervenção, o primeiro-ministro apontou que o processo de vacinação da população geral é um “exercício mais complexo e que só será limitado pelas vacinas disponíveis”. “Há um esforço muito grande da Comissão Europeia para conseguir que a indústria cumpra os contratos, aumente a capacidade de produção e para que possamos acelerar o processo de vacinação”.

“Continuamos a lutar para entregar o melhor cuidado aos portugueses. Os coordenadores e enfermeiros são o melhor exemplo daquilo que é a força do SNS, que vai superar esta prova com o espírito de capacidade de nos reinventarmos”, disse a ministra da Saúde, dirigindo-se aos médicos e enfermeiros que se encontravam atrás de si quando prestava as declarações.

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