Marta Temido diz que indicadores da Covid-19 no país inspiram “naturais preocupações” com SNS
Os indicadores relativos à pandemia da Covid-19 e ao avolumar de infetados com o novo coronavírus , em Portugal, inspiram “naturais preocupações” com a pressão a que o Serviço Nacional de Saúde possa ser sujeito, de acordo com as declarações da ministra da Saúde, Marta Temido, durante a conferência de imprensa da Direção-Geral de Saúde sobre o boletim epidemiológico, esta sexta-feira.
“Estes indicadores inspiram naturais preocupações sob o ponto de vista da pressão no sistema de saúde e no SNS”, admitiu Marta Temido.
Aos jornalistas, a governante revelou que a taxa de incidência registada nos últimos sete dias foi de 64,4 novos casos por 100 mil habitantes e de 115,4, nos últimos 14 dias. Desta forma, o risco de transmissão (Rt) da doença Covid-19 continua superior a 1.
Não obstante, Marta Temido sublinhou que a capacidade de testagem dá garantias de resposta. Portugal passou, assim, de uma média de 2.500 testes de diagnóstico à Covid-19 por dia, em março, para 19.600 testes por dia em outubro. “No dia 7 de outubro foi batido um novo recorde no número de testes diários, tendo sido realizados pelos vários laboratórios 28.392, quase 8% foram positivos, mas este é um sinal de alerta”.
Ao mesmo tempo, a governante salientou que o Governo tem investido na capacidade de resposta no que respeita à medicina intensiva. “Passámos de 1.142 ventiladores, no início de março, para mais 713 ventiladores distribuídos pelos hospitais do SNS, dos 966 já entregues no país”, revelou.
Portugal registou esta sexta-feira um total de 83.928 casos confirmados de doentes com Covid-19, mais 1.394 do que na quinta-feira. O número de vítimas mortais do novo coronavírus no país aumentou para 2.062, registando-se 12 vítimas mortais nas últimas 24 horas.
