Portugal abandona o uso obrigatório de máscaras na via pública, sempre que não é possível manter o distanciamento social, esta segunda-feira, uma vez que o diploma que está em vigor até este domingo não viu ser pedida a renovação da obrigatoriedade.
No entanto, as autoridades de saúde continuam a apelar ao uso das mesmas. Na sexta-feira, a Direção-Geral da Saúde considerou existirem condições para o uso genérico do instrumento de proteção facial em espaços exteriores, uma vez que a vacinação tem evoluído de forma favorável, a incidência tem diminuído e as mortes mantido um ritmo estável.
Apesar do fim da obrigatoriedade no exterior, a DGS continua a recomendar o uso de máscara em aglomerados populacionais e em eventos em espaços exteriores. No entanto, e no caso específico das escolas, a responsável máxima da DGS lembrou que está em vigor o referencial das escolas, em que o uso de máscaras é obrigatório “a todos os momentos” nos “espaços dos estabelecimentos de educação ou ensino”, nos quais se inclui os recreios.
Ainda que os partidos não tenham proposta a renovação, e esta terminar este domingo, a Associação de Médicos de Saúde Pública continuam a defender a continuidade do uso de máscaras como prevenção.
A Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública vai então contra a decisão da DGS ao realizar o apelo de uso de máscara, uma vez que a entidade considera seguro. A instituição sugere o uso da máscara, dado que se vai entrar na fase de inverno, e esta protege contra a Covid-19 e o vírus da gripe. O pedido da associação chega também para que o Serviço Nacional de Saúde possa retomar o atraso da atividade assistencial, nomeadamente cirurgias e consultas.
A Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública nota que se trata de uma decisão política, e admite que faz sentido os doentes mais frágeis continuarem a usar o instrumento de proteção individual.
Também a diretora da Escola Nacional de Saúde Pública, Carla Nunes, argumenta que as pessoas devem continuar a usar máscara em espaços fechados, a manter o distanciamento, a lavar as mãos e abrir as janelas sempre que possível.
A Fundação Portuguesa do Pulmão já tinha considerado ser prematuro o abandono da obrigatoriedade do uso de máscara de proteção respiratória. Apesar do avanço do processo de vacinação, a associação admite que a situação epidemiológica atual aconselha a que se mantenham medidas preventivas, uma vez que o conhecimento de eficácia das vacinas ainda não é total.
A Fundação defende que o uso de máscaras se deve manter em espaços públicos exteriores sempre que a distância social não esteja garantida, defendendo que estas devem continuar a ser obrigatórias em todos os espaços públicos interiores.
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