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Máscaras vendidas ao Estado português têm certificado válido e verdadeiro, assegura empresa de João Cordeiro

No comunicado, a Quilaban “assegura a veracidade e validade dos certificados apresentados, bem como a qualidade dos produtos fornecidos, reafirmando o seu compromisso com a segurança dos utilizadores”, e procurou explicar a polémica em torno dos certificados das máscaras que vendeu à DGS.
  • Getty Images
18 Maio 2020, 18h21

A Quilaban, empresa portuguesa que vendeu três milhões de máscaras à Direção-Geral da Saúde (DGS) do tipo FFP2 têm certificado válido e verdadeiro.

Em comunicado enviado às redações, a Quilaban, empresa detida pelo ex-presidente da Associação Nacional de Farmácias, João Cordeiro, reagiu à notícia do jornal “Público” que deu conta, no passado dia 17, que tinha vendido aos serviços partilhados da DGS 30 milhões de máscaras com um certificado inválido ou falso.

No comunicado, a Quilaban “assegura a veracidade e validade dos certificados apresentados, bem como a qualidade dos produtos fornecidos, reafirmando o seu compromisso com a segurança dos utilizadores”, e procurou explicar a polémica em torno dos certificados das máscaras que vendeu à DGS.

As máscaras foram produzidas pela Gansu Changee Bio-pharmaceutical Co., Ltd, que é uma subsidiária da empresa Shenzhen Hanyu Pharmaceutical Co. Ltd, cotada na bolsa de Shenzhen, que desenvolve as suas atividades nas áreas da pesquisa, desenvolvimento, produção e venda de medicamentos e equipamento médico, para as quais se encontra certificada na China.

A Gansu, “além da certificação da sua produção de acordo com os normativos locais e de recorrer ao Guangdong Testing Institute of Product Quality Supervision, que certifica os seus produtos de acordo com a norma GB2626-2006”, decidiu recorrer aos serviços da ICR Polska para a certificação voluntária dos mesmos, que emitiu o certificado com o número ICR Polska/P63030032 em 16 de março de 2020 e que tinha validade até 15 de março de 2025.

No entanto, a ICR Polska referiu no seu site que surgiram certificados inválidos e falsos e, por isso, cancelou os certificados que tinha emitido entre 1 e 26 de março de 2020.

A ICR Polska reemitiu novos certificados, que têm um novo layout e novos números de identificação.

“Neste âmbito, o certificado com o número ICR Polska/P63030032 foi cancelado (tornando-se, portanto, inválido, embora não sendo falso) e substituído pelo certificado com o número ICR Polska/CE/V/01RE473, emitido em 1 de abril de 2020, com validade até 31 de março de 2025”, explicou a Quilaban.

Assim, o antigo número de certificado no site da ICR Polska aparece como “inexistente”, “invalido” ou “falso”, sendo que o novo número de certificado existe e tem informação complementar de que foi reemitido no dia 23 de abril de 2020 com um novo layout e sob código novo.

Questionada a Gansu hoje, 18 de maio, relativamente à menção de invalidade do certificado inicial no site da ICR, prontamente esclareceu quanto à sua substituição pelo novo certificado ICR Polska/CE/V/01RE473, do qual nos remeteu uma cópia.

procurement da Quilaban à Gansu teve início durante o mês de março, altura em que identificou a Gansu e teve acesso ao certificado ICR Polska/P63030032, o qual viria a apresentar como referência para a resposta ao ajuste direto dos serviços partilhados no dia6 de abril de 2020, sendo que a adjudicação das três milhões de máscaras ocorreu no dia 7 de abril e a sua produção foi concluída no dia 21 de abril, período já coberto pelo novo certificado da ICR Polska.

“Entre a adjudicação e a data de produção dos produtos decorreram 14 dias”, refere a Quilaban. A empresa reforçou ainda que a “certificação apresentada era verdadeira e válida e continuou verdadeira e válida através de um novo certificado”.

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