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Mastercard quer trazer 50 milhões de PME para a economia digital

A Mastercard trouxe a Lisboa mais uma edição do Innovation Fórum, subordinado ao tema “Time to Accelerate”. Maria Antónia Saldanha, ‘country manager’ da Mastercard em Portugal, lembrou que “os consumidores estão ávidos por novas experiências digitais” e que “93% das pessoas estão mesmo a pensar planear a utilização de um método de pagamento emergente, como, por exemplo, as criptomoedas”.
2 Julho 2021, 16h43

“No verão de 2021, 70% das vendas provêm de canais digitais, enquanto, em 2019, no mesmo período apenas representavam 50%, uma tendência que já existia no pré-covid, mas que foi acentuada e acelerou com a pandemia”, referiu João Leite, diretor de Business Intelligence do Pestana Hotel Group, durante o Mastercard Innovation Forum Portugal 2021.

João Leite exemplificou como a experiência digital pode ajudar numa indústria que não prescinde do mundo físico, ajudando os clientes na gestão das suas estadias, das suas escolhas e, sobretudo, na sua segurança.

Apesar de ser o momento de acelerar para a Mastercard “há alguns desafios que é preciso ter em consideração. Ou seja, a que custo e em que condições devemos acelerar? Como podemos fazê-lo de forma inclusiva, segura e sustentável? Estas foram as perguntas endereçadas aos oradores do Mastercard Innovation Forum Portugal 2021 e cujas respostas foram consensuais”, refere a Mastercard numa nota enviada às redações.

A Mastercard trouxe a Lisboa mais uma edição do Innovation Fórum, subordinado ao tema “Time to Accelerate” [Tempo de acelerar] e durante o qual se falou de temas atuais que vão definir o futuro: Turismo, Convergência Digital, Segurança e Sustentabilidade.

“A aceleração tem de ser inclusiva e sustentável, algo que na Mastercard passa por trazer 50 milhões de pequenas e médias empresas [PME] para a economia digital, das quais 25 milhões lideradas por mulheres ou membros de minorias, que nem sempre conseguem ter acesso a capital para expandir os negócios de forma económica e eficiente e pelo lançamento, pelo projeto Priceless Planet Coalition, que quer plantar 100 milhões de árvores até 2025”, defendeu Eimear Creaven, presidente da Europa Ocidental da Mastercard, e por  Jorn Lambert, Chief Digital Officer da Mastercard.

Por sua vez Maria Antónia Saldanha, country manager da Mastercard em Portugal, salientou durante o Fórum que “os consumidores estão ávidos por novas experiências digitais” e que “93% das pessoas estão mesmo a pensar planear a utilização de um método de pagamento emergente, como, por exemplo, as criptomoedas”.

Para a gestora, “as prioridades que a Mastercard mantém neste ambiente em mudança, nomeadamente na dinamização da sua capacidade multirail, essencial para que a Mastercad continue a ser o parceiro preferencial no ecossistema de pagamentos”.

Outro dos oradores, Francisco Dias, responsável de Comércio Eletrónico da Decathlon, explicou como os canais digitais são essenciais para alavancar a jornada de compra do consumidor e aumentar o ciclo de vida dos produtos, afirmando que “as lojas são um ponto de contacto importante, mas antes os clientes já passaram por motores de busca, redes sociais, viram os nossos emails, sendo essencial acompanhar toda a experiência de compra”.

Já Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal, deu como exemplo o NEST, Centro para a Inovação no Turismo – com quem a Mastercard também tem uma parceria – no apoio que tem dado à identificação e implementação de soluções digitais inovadoras que proporcionem aos turistas experiências integradas e personalizadas.

Respondendo ao facto dos turistas em Portugal ainda enfrentarem alguns atritos quando pretendem pagar com os seus cartões internacionais, nomeadamente nos transportes públicos e pequenos comerciantes locais, o Presidente do Turismo de Portugal explicou que “quanto maior for o compromisso com todos os agentes do setor, em toda a cadeia de valor, desde o pequeno lojista ao hotel de grande dimensão, melhor será a experiência de quem nos visita”.

No mesmo fórum foi realçado que a aceleração do digital trouxe também consigo outros desafios, nomeadamente ao nível da cibersegurança. “Em 2020 foram encontradas mais violações de segurança do que nunca, de acordo com o Bugcrowd, a plataforma colaborativa dos chamados hackers bons e que Keren Elazari, especialista mundial em cibersegurança, destacou como um instrumento muito útil ao serviço  das empresas e da sociedade”.

Keren sublinhou a importância de cada um assumir a responsabilidade em “construir um sistema imunológico digital, porque estamos todos expostos e de pensarmos para além das senhas, ou seja, noutros modelos de identificação como a biometria comportamental e autenticação multifactor no qual, aliás, a Mastercard tem vindo a trabalhar, por exemplo, através da solução NuDetect, da NuData”, relata a empresa global de tecnologia no sector de pagamentos. .

Keren Elazari reforçou a importância do trabalho dos chamados hackers bons, os quais “podem identificar brechas de segurança” e resolvê-las, naquilo que são designados “programas de divulgação de vulnerabilidades”, com os quais muitas empresas já trabalham.  “Os relatórios indicam que são necessários mais de quatro milhões de especialistas em segurança” e estes hackers bons “podem, por isso, tornar-se nos novos especialistas dos departamentos de segurança de grandes empresas e de organismos públicos”.

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