Preencher formulários online pode ser um verdadeiro teste de paciência. Um novo estudo da Mastercard revela que nove em cada dez europeus ainda inserem manualmente seus dados pessoais ao fazer compras online, incluindo o endereço completo e os 16 dígitos do cartão, o que significa um gasto médio de três minutos por transação, totalizando cerca de três horas anuais, considerando as 56 compras que fazem online, em média.
A Mastercard diz que este gasto de tempo sobe para outro patamar se considerarmos o tempo necessário para introduzir o topónimo mais longo da Europa, no País de Gales, com 58 letras Llanfairpwllgwyngyllgogerychwyrndrobwllllantysiliogogogoch (um nome verdadeiramente impronunciável).
Para eliminar este constrangimento, a Mastercard está a juntar-se à cidade galesa e a seis outras cidades “sesquipedalianas” – uma forma extensa de dizer nomes longos – para promover a adoção do Click to Pay, uma solução de pagamento que torna desnecessário o preenchimento destes dados de uma vez por todas, com segurança e simplicidade num só clique.
O Click to Pay usa um processo chamado tokenização, que substitui o número de 16 dígitos do titular do cartão por um token seguro, tornando-o ilegível para um criminoso se roubado. Isso não só protege os compradores de golpistas, mas também protege os comerciantes de ameaças cibernéticas.
As cidades com nomes demasiados longos – que incluem a polaca Międzybrodzie Żywieckie, a Chéquia Brandýs nad Labem-Stará Boleslav, a italiana Castelnuovo di Garfagnana, a neerlandesa Westerhaar-Vriezenveensewijk, a espanhola Villanueva del Trabuco e a relativamente contida Skinnskatteberg -, vão tornar-se Capitais Mastercard Click to Pay e onde vão ser realizadas ações de sensibilização para impulsionar a adoção da tecnologia que economiza tempo e aumenta a segurança.
‘’Ter o nome mais longo da Europa é uma honra para a nossa aldeia’’, explica Dyfed Wyn Jones, presidente da câmara de Llanfairpwllgwyngyllgogerychwyrndrobwllllantysiliogogogoch “mas escrevê-lo repetidamente pode ser cansativo’’. ‘’Estamos orgulhosos da nossa herança, mas reconhecemos o valor de aproveitar um bom atalho e a importância da tecnologia, que pode tornar as nossas vidas mais fáceis e seguras.’’
O presidente da câmara de Międzybrodzie Żywieckie, Łukasz Harat, também destaca a importância da inovação para comunidades rurais. “Ao vivermos numa comunidade rural, levamos por vezes algum tempo a adotar a tecnologia mais recente. Esse atraso às vezes afeta os nossos cidadãos mais velhos, que são menos propensos a adotar novos métodos quando finalmente estão disponíveis, o que pode comprometer a sua segurança, especialmente online”, refere.
Os pagamentos contactless revolucionaram as transações em loja há mais de uma década e hoje é o Click to Pay que está a tornar-se rapidamente no padrão para o checkout online, ao oferecer aos consumidores mais facilidade e tranquilidade e ao ajudar os comerciantes a superar estes atritos no checkout.
De acordo com o estudo da Mastercard, 95% dos europeus abandonaram uma sessão de compras online no ano passado quando se depararam com constrangimentos ou surpresas indesejáveis no checkout, desde preocupações de segurança à falta de opções de pagamento adequadas ou simplesmente por não terem o cartão certo à mão.
“Se eu morasse numa dessas cidades, o meu cartão teria expirado no momento em que introduzi corretamente o meu endereço”, refere Brice van de Walle, vice-presidente executivo de pagamentos da Mastercard Europe no comunicado.
“Felizmente, estas soluções digitais tornam a vida muito mais fácil e por isso estamos a dar o próximo passo: tornar os pagamentos online com um clique no novo normal, como parte do nosso compromisso de eliminar gradualmente a entrada manual de dados online até 2030”, defende.
Destaques do estudo Mastercard European Click to Pay
Mas há mais destaques no estudo da Mastercard. Por exemplo, um em cada cinco consumidores europeus (20%) afirma não confiar nos comerciantes online para guardar os seus dados, aumentando para um em cada três (32%) dos consumidores em França, e também acima da média na Suíça (24%) e na Alemanha (22%). Os países nos quais os consumidores mais confiam são os Países Baixos (58%), a Itália (56%) e a Polónia (54%).
Os consumidores em França e na Áustria são os mais propensos na Europa a maçarem-se quando algo corre mal durante o checkout.
Nove em cada 10 consumidores (90%) em ambos os países consideram fastidiosa a falta de opções de pagamento disponibilizada pelos comerciantes, seguindo-se a Espanha (89%), enquanto menos pessoas na Chéquia consideram esta falta de escolha frustrante.
Já os consumidores polacos preferem não dar muitas informações pessoais. Se um consumidor polaco sentir que um comerciante lhe está a pedir demasiadas informações pessoais, é mais provável que termine sessão antes de verificar a sua compra. Um terço dos polacos referiu ter feito isto nos últimos 12 meses (31%) e a Polónia foi o único país a nomeá-lo como a maior razão para o abandono do cabaz, com a maior parte da Europa a optar por custos de entrega inesperados (29%).
Já os checos têm o dedo sempre pronto. A biometria é importante para os consumidores na Chéquia, com três em cada cinco (57%) a utilizarem o reconhecimento de impressões digitais para pagar pelas suas encomendas, em comparação com uma média europeia de 46%.
Os suecos (36%) foram os menos propensos a introduzir os seus dígitos, juntamente com os suíços (38%), sendo estes últimos os maiores fãs da biometria em geral, com quatro em cada cinco compradores suecos (79%) a usar alguma forma da mesma.
Por sua vez, os austríacos são mais felizes a comprar online.
Os consumidores da maioria dos países europeus inquiridos mostraram-se normalmente mais nervosos para fazer pagamentos online do que presencialmente, com a Alemanha e a Áustria a serem as exceções. 41 % dos europeus consideram as transações de comércio eletrónico mais arriscadas do que as transações presenciais. Apenas 29% discordam, vendo na loja uma preocupação maior, aumentando para 40% dos compradores alemães e 42% dos austríacos.
A Mastercard trabalhou neste estudo com a empresa de estudos de mercado e membro do BPC, 3Gem, para realizar um inquérito na Europa, representativo a nível nacional a 18.000 consumidores, com mais de 18 anos em 12 países europeus entre 26 de novembro e 3 de dezembro de 2024.
O total do abandono do cabaz europeu foi efetuado com base numa população adulta estimada em 615 milhões de pessoas.
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