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Maxyield recomenda ponderação para evitar ‘corrida’ à venda de ações em condições precárias

“Os bear markets são uma parte natural do ciclo do mercado, que não duram para sempre, e serão um novo ponto de partida para o aumento das cotações no subsequente ciclo de crescimento”, afirma a Maxyield.
Kai Pfaffenbach/Reuters
7 Abril 2025, 11h57

A associação de pequenos investidores Maxyield recomendou hoje em comunicado enviado às redações que os investidores no mercado de ações tenham ponderação e prudência evitando corrida a vendas em condições precárias.

“Neste contexto de regressão dos mercados bolsistas internacionais, posicionados no patamar de Bear Market, a Maxyield recomenda ponderação e prudência, evitando corrida a vendas em condições precárias” pois, “é sensato contornar situações de pessimismo e evitar a venda irracional de posições com perdas, por influência de sentimentos negativos”, refere a Associação de Pequenos Acionistas.

“Os bear markets são uma parte natural do ciclo do mercado, que não duram para sempre, e serão um novo ponto de partida para o aumento das cotações no subsequente ciclo de crescimento”, afirma a Maxyield.

Um bear market ocorre quando há uma queda de 20% ou mais nos preços em relação aos máximos recentes.

A associação faz ainda um balanço da recente queda das bolsas.

O índice tecnológico americano Nasdaq constituído por mais de 3.300 empresas, atingiu o máximo histórico em 19 de Fevereiro deste ano com o valor de 20.056,3 pontos, iniciando a partir daí uma trajetória descendente, e tendo fechado no passado dia 4 de Abril nos 15.587,8,3 pontos que representa uma queda de -22,8% e configura uma situação de bear market (diminuição de 20% relativamente ao último máximo).

O Russell 2000 que integra as empresas de menor capitalização, e sem a escala das gigantes que integram o S&P 500 e o Nasdaq, atingiu o máximo histórico em 25 de Novembro  do ano passado com 2.442 pontos e fechou em 4 de Abril com o valor de 1.827 pontos, configurando uma variação de -25,2% e entrada na situação de bear market.

O índice S&P 500 composto pelas maiores 500 sociedades cotadas na NYSE, apresenta uma cotação de fecho em 4 de Abril de 5.074,1 pontos a qual representa uma variação de -17,4% relativamente ao último máximo (6.144,2 pontos) atingido em 19 de Fevereiro deste ano. Não entrou ainda em bear market.

O índice Dow Jones, baseado na cotação das ações de 30 das maiores e mais importantes empresas dos Estados Unidos, apresenta em 4 de Abril uma redução de -14,9% relativamente ao último máximo atingido em 4 de Dezembro do ano passado. Não entrou portanto em bear market.

Esta trajetória descendente dos índices norte-americanos é o resultado do anúncio das tarifas recíprocas pelos EUA.

Os mercados acionistas globais encontram-se refletidos no índice Morgan Stanley Capital International, abreviadamente conhecido por MSCI World, cuja cotação de fecho em 4 de Abril representa uma diminuição de -15% relativamente ao último máximo ocorrido em 18 de de Fevereiro, existindo um forte risco de contágio dos índices norte americanos aos mercados internacionais. Mas ainda não entrou em bear market.

A cotação de fecho em 4 de Abril do benchmark europeu Stoxx 600, representa uma redução de -11,9% relativamente ao último máximo atingido em 3 de Março, também ainda fora da situação de bear market.

Relativamente a Portugal, verifica-se que o PSI sofreu uma diminuição de -5,1% face ao último máximo atingido em 26 de Fevereiro deste ano.

Segundo a Lusa, na Ásia, o Nikkei caiu quase 8%, o 11.º pior desempenho de sempre e a maior queda desde agosto de 2024, e o Topix, que inclui as empresas da secção principal, as de maior capitalização, também caiu 7,79%.

A Bolsa de Xangai caiu 7,34%, a de Shenzhen recuou 9,66%, enquanto o índice de referência da Bolsa de Taipé, o Taiex, sofreu hoje a maior queda diária da sua história, ao baixar 9,7%.

Nos Estados Unidos (EUA), os futuros de Wall Street antecipam mais uma sessão ‘a vermelho’, antecipando quedas de 4,13% para o Dow Jones, 4,87% para o S&P 500, e 5,69% para o Nasdaq, que se somarão às perdas da semana passada.

O mercado continua a ser afetado pela entrada em vigor das tarifas impostas pelo Presidente do EUA, Donald Trump, aos parceiros comerciais e pelas medidas de retaliação anunciadas pela China, que podem ser seguidas pelas de outras grandes economias, como a da União Europeia (UE).

A administração Trump diz que mais de 50 países propuseram negociações aos EUA sobre tarifas alfandegárias.

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