Medicina tradicional tem fórum internacional em Lisboa

O Parque de Ciência e Indústria de Medicina Tradicional Chinesa do Governo de Macau, o IMT – Instituto de Medicina Tradicional de Portugal e a Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa organizam o III Fórum Internacional de Medicina Tradicional e Complementar, na capital portuguesa, onde será discutida a regulamentação da integração e desenvolvimento da medicina tradicional e complementar, as aplicações clínicas e o seu enquadramento no ensino superior.
Em declarações ao Jornal Económico, o diretor executivo do IMT, Frederico Carvalho, diz que o setor tem-se afirmado em Portugal “ao longo das duas últimas décadas, com especial incidência a partir de 2003, o que coincide com a publicação de legislação específica, através da publicação, por parte da Organização Mundial de Saúde [OMS], de um documento” sobre medicina tradicional.

“Apesar da demora na conclusão do processo legislativo, que ainda está em curso, desde 2003 assistiu-se a uma melhoria evidente na qualidade do ensino, dos serviços prestados à população, dos produtos associados, etc.”, aponta Frederico Carvalho, acrescentando, no entanto, que “este é um setor muitas vezes negligenciado pelos órgãos governamentais competentes”. E cita a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, que afirma que o setor é, “muitas vezes, subestimado na componente dos cuidados de saúde”.

Segundo dados da Entidade Reguladora da Saúde, 20% da população portuguesa recorre à medicina tradicional.
O III Fórum Internacional de Medicina Tradicional e Complementar realiza-se a 3 e 4 de junho, na Faculdade de Farmácia de Lisboa, juntando representantes oficiais, especialistas, investigadores e profissionais de Portugal, República Popular da China, Macau, União Europeia e países de língua portuguesa. Paralelamente, decorre o I Colóquio de Produtos e Indústria de Medicina Tradicional e Complementar.