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Médicos aconselham a não deixar as crianças levarem aparelhos eletrónicos para o quarto

“O nosso conselho permite apoiar as crianças a recolher os benefícios e a protegê-los de danos” que existem no mundo online, diz a especialista britânica Sally Davies.
7 Fevereiro 2019, 12h07

Os médicos que lançaram o aviso são do Reino Unido, mas o conselho é para todos os pais do mundo: não deixar as crianças levarem aparelhos eletrónicos para o quarto ou utilizarem-nos durante o tempo de refeição. Estes especialistas britânicos apresentaram um total de oito conselhos para os pais conseguirem fazer um uso adequado da tecnologia em casa, uma vez que esta tende a aumentar a cada dia com a transformação digital.

Sally Davies, diretora de um gabinete médico em Inglaterra, garante que o tempo que os mais novos passam na internet pode ser benéfico porque lhes fornece oportunidades de aprendizagem e desenvolvimento de capacidades, no entanto, é necessário “tomar medidas de precaução”. “O nosso conselho permite apoiar as crianças a recolher os benefícios e a protegê-los de danos” que existem no mundo online, diz.

Embora a equipa não inclua no estudo o tempo que as crianças devem passar com um ecrã, avisam que o uso da tecnologia pode afetar atividades essenciais, como dormir. Assim, sugerem que o governo, as plataformas digitais e as empresas tecnológicas devem tomar medidas imediatas para proteger os mais jovens, e propõe também a introdução de um código voluntário de conduta que proteja as crianças quando estão online. 

Andy Burrows, associado de segurança infantil na internet, garante que é preciso reagir: “Os gigantes tecnológicos falharam em proteger os seus utilizadores mais jovens” e que o “governo deve legislar, sem mais demoras, as redes sociais e torná-las responsáveis caso não consigam proteger os jovens dos perigos que existem no mundo cibernauta”.

Além da quantidade de sono, os cientistas também referem que este deve ser de qualidade, aconselhando então deixar os telemóveis fora do quarto. Fazer uma pausa após o uso prolongado de ecrãs é o mais aconselhável pelos cientistas, e evitar o uso dos aparelhos tecnológicos durante as refeições.

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