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Medidas antiterrorismo chegarão a mais cidades portuguesas

A ministra da Administração Interna ordenou a criação de um grupo de trabalho para estudar medidas preventivas de atentados terroristas, que deverão ser aplicadas a mais cidades com maior afluência turística, como Porto, Coimbra ou Évora.
Cristina Bernardo/Jornal Econímico
1 Outubro 2017, 12h53

A seguir a Lisboa, outras cidades portuguesas vão adotar as chamadas “medidas passivas” de prevenção de atentados terroristas, como a instalação de pilaretes, floreiras ou iluminação especial em zonas de maior afluência turística ou de residentes, com o intuito de reduzir o impacto de possíveis atropelamentos em massa, como os de Barcelona ou Nice, avança o DN. A ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, ordenou a criação de um grupo de trabalho que estudará a proteção das cidades nacionais contra esse género de atentados, sem adiantar muitas informações sobre a iniciativa, exceto que o grupo integrará a PSP, a GNR e as autarquias.

Recorde-se que, no fim de semana a seguir aos atentados da Catalunha – em Barcelona e Cambrils –, a 17 de agosto, que fizeram 15 mortos e mais de 130 feridos, os lisboetas viram começar a ser instalados pilaretes e outros meios de reforço de segurança em várias zonas da cidade, como Belém, Chiado e Baixa. Desde então, a tutela da Segurança Interna terá recebido indicações para que essas medidas pudessem ser alargadas a outras cidades, como Porto, Coimbra ou Évora, em virtude da maior afluência turística.

A porta-voz de Constança Urbano de Sousa confirmou ao DN a iniciativa, dizendo que “este grupo de trabalho que integra os órgãos de policia criminal tutelados pelo MAI, tem por objetivo o estudo e implementação de medidas de caráter preventivo, tendo por base a alteração do modus operandi dos autores de atos terroristas. Em causa está o estudo de medidas de segurança passiva como barreiras, floreiras ou iluminação, cuja implementação é da responsabilidade das autarquias”.

O presidente do Observatório de Segurança Criminalidade Organizada e Terrorismo (OSCOT) vê com agrado este iniciativa, mas avisa que “se for para o grupo de trabalho produzir orientações genéricas e universais, essa não será a melhor solução”. António Nunes salienta que “cada cidade é uma cidade, com as suas características e vulnerabilidades próprias”. O ponto de partida para este plano, sublinha, “terão de se elencar as cidades que têm de ser primeiro intervencionadas, com base nas avaliações de risco feitas pela intelligence e polícias de cada local. Suponho que esse trabalho esteja a ser feito pelo gabinete da secretária-geral do Sistema de Segurança Interna (SSI), que é quem pode melhor, em articulação com as forças e serviços de segurança sensibilizar os presidentes de câmara”.

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