Medina atira respostas sobre Alexandra Reis para relatório da IGF

Vários foram os deputados que questionaram esta terça-feira o ministro das Finanças sobre a TAP, mas Fernando Medina poucas respostas deu, frisando, por exemplo, no que diz respeito à indemnização paga a Alexandra Reis, que a Inspeção-Geral das Finanças (IGF) está a preparar um relatório, não sendo “cordial” antecipar as conclusões. “Quando tiver as conclusões, falarei sobre elas”, disse o governante, numa audição regimental na Assembleia da República.

Alexandra Reis era administradora da TAP, quando entrou em choque com a presidente executiva, o que acabou por levar à sua saída com uma indemnização de cerca de 500 mil euros. Haveria de tomar posse, mais tarde, como secretária de Estado do Tesouro, mas só ficou nesse cargo 25 dias, com o ministro das Finanças a pedir que se demitisse, na sequência da polémica em torno da compensação que recebeu da transportadora aérea.

A IGF está agora a analisar a indemnização em causa e, segundo foi avançado pela SIC Notícias, já conclui que houve irregularidades, pelo que os deputados questionaram esta terça-feira o ministro das Finanças sobre o tema. Fernando Medina não quis, contudo, adiantar comentários, nem eventuais consequências.

“Tendo eu solicitado à IGF um relatório, peço que aguarde que seja entregue para tirar as conclusões que se impõem”, disse, em resposta ao comunista Duarte Alves.

“Não antecipo. Quando tiver as conclusões, falarei sobre elas”, insistiu, em resposta à bloquista Mariana Mortágua. “A IGF tem um mandato, está a cumpri-lo com a competência a que nos habitou. Depois do relatório ser entregue ao Governo, as conclusões serão públicas e o Governo anunciará as medidas que considerar adequadas”, acrescentou ainda o ministro.

Mariana Mortágua perguntou também a Fernando Medina se vai ser tornado público o contrato celebrado com a presidente do conselho de administração da TAP, mas este disse apenas que o Ministério das Finanças “cumprirá a lei”.

Por outro lado, o governante garantiu que não tem “conhecimento de mais nenhuma situação” como a de Alexandra Reis, na TAP.