A diferença vem sobretudo dos impostos indiretos, aqueles que não são tão visíveis, mas que paga em qualquer consumo (ISP na gasolina, por exemplo), compra (IVA os restaurantes, hotéis, supermercado, etc.) ou mesmo sobre aquilo que é seu, como é o caso do selo do carro (IUC). E aqui a receita fiscal deverá subir quase 10% no próximo ano.
As contas do Orçamento do Estado para 2024 indicam que, no total, Fernando Medina prevê conseguir neste ano 60.130,1 milhões de euros em impostos, quase 3 mil milhões a mais do que cobrou em 2023, mesmo com a inflação anual prevista a reduzir-se de 5,3% neste ano para 3,3% em 2024.
A maior contribuição para os cofres do Estado virá uma vez mais do IVA que paga sobre tudo quanto compra, num total de 24,5 mil milhões de euros arrecadados no próximo ano (mais 8% do que os 22,6 mil milhões conseguidos em 2023).
O maior reforço, porém, vem do Imposto sobre Bebidas Açucaradas (IABA), com o qual o governo prevê arrecadar mais 37% do que conseguiu neste ano.
No total, em impostos indiretos, o governo de António Costa deverá cobrar no próximo ano 33,4 mil milhões de euros, mais 8,9% do que em 2023. Ainda assim, e apesar das mudanças no IRS, também os impostos diretos vão ter um ligeiro incremento. Entre a quebra de 0,4% na receita de IRS (devendo cobrar ainda mais de 18 mil milhões sobre os rendimentos dos portugueses) e os aumentos de receita previstos para IRC e outros impostos, como o Adicional ao IMI, a receita de impostos diretos subirá 0,1% no próximo ano, para 26.730,8 milhões de euros.
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