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Médio Oriente: Trump confirma que partida para região está prevista para domingo

“Os reféns [do movimento islamita Hamas] regressarão [a Israel] na segunda ou terça-feira. Provavelmente estarei lá. Espero estar lá. Estamos a planear partir no domingo, e estou desejoso disso”, disse Trump aos jornalistas na Casa Branca, ao receber o presidente finlandês Alexander Stubb.
epa12190386 US President Donald Trump delivers an address to the nation following US strikes on Iran’s nuclear facilities, at the White House in Washington, DC, USA, 21 June 2025. EPA/Carlos Barria / POOL
9 Outubro 2025, 22h06

O Presidente norte-americano, Donald Trump, confirmou hoje que está prevista para domingo a sua partida para o Médio Oriente, no quadro do acordo de cessar-fogo e libertação de reféns na Faixa de Gaza.

“Os reféns [do movimento islamita Hamas] regressarão [a Israel] na segunda ou terça-feira. Provavelmente estarei lá. Espero estar lá. Estamos a planear partir no domingo, e estou desejoso disso”, disse Trump aos jornalistas na Casa Branca, ao receber o presidente finlandês Alexander Stubb.

O Presidente norte-americano garantiu também que “ninguém será forçado a sair [de Gaza], muito pelo contrário” no âmbito do seu plano de paz, cuja primeira fase mereceu acordo de Hamas e Israel na quarta-feira.

A Presidência israelita admitiu hoje a possibilidade de Donald Trump se deslocar domingo a Israel, no quadro do plano de paz.

“Tendo em conta a esperada libertação dos reféns e a próxima visita do Presidente dos Estados Unidos, Donald J. Trump, a Israel, [o Presidente de Israel, Isaac Herzog] decidiu cancelar um evento público [na sua residência], que estava agendado para domingo, 12 de outubro de 2025”, indicou o comunicado.

“A decisão foi tomada devido às restrições de segurança previstas em Jerusalém durante a visita e aos desenvolvimentos históricos que deverão ocorrer nos próximos dias”, acrescentou a mesma nota.

Trump impulsionou o atual plano de paz e foi quem anunciou o acordo na quarta-feira, após vários dias de contactos indiretos entre as partes no Egito.

O gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou abertamente nas redes sociais que o Presidente norte-americano merece ganhar o Prémio Nobel da Paz.

Netanyahu também convidou Trump para um discurso perante o parlamento (Knesset) durante a próxima visita a Israel, sem mencionar datas, após uma conversa “conversa emocionada” na qual os dois trocaram parabéns por uma “conquista histórica” que ainda não se materializou.

A primeira etapa do plano de paz contempla a libertação de quase dois mil prisioneiros palestinianos em troca do regresso a casa dos 48 reféns ainda em posse do Hamas. Israel estima que apenas 20 estejam vivos.

O grupo, que tem protagonizado ações terroristas em defesa da causa palestiniana, anunciou ter entregado a lista de prisioneiros que pretende ver libertados às autoridades israelitas, mas Israel ainda não se pronunciou.

Cerca de 250 são pessoas condenadas à pena perpétua e outras 1.700 são presos na sequência do atentado de 07 de outubro de 2023.

Está ainda prevista nesta fase a entrada de ajuda humanitária em Gaza e uma retirada parcial das Forças da Defesa de Israel.

Os militares hebraicos terão de ficar posicionados atrás da denominada “linha amarela”, um perímetro de entre 1,5 e 6,5 quilómetros, consoante as zonas fronteiriças abrangidas.

O Governo de Netanyahu já ratificou a primeira fase do plano de paz em Gaza e o recuo das tropas deverá acontecer em 24 horas, havendo então 72 horas para a troca de reféns e prisioneiros entre as partes.

Em Jerusalém, Benjamin Netanyahu reuniu-se hoje com o enviado especial do Presidente norte-americano para o Médio Oriente, Steve Witkoff, e o seu genro, Jared Kushner, informou num breve comunicado o gabinete do primeiro-ministro israelita.

Os dois enviados especiais reuniram-se ainda com o presidente israelita, Isaac Herzog, com quem discutiram também o regresso dos reféns e o fim da ofensiva na Faixa de Gaza.

Herzog expressou ainda a ambos a sua “profunda gratidão” pelo seu “papel fundamental e histórico em trazer os reféns de volta a casa, promover a segurança de Israel, fortalecer o bem-estar dos seus cidadãos e construir uma nova era de cooperação no Médio Oriente”.


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