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Melhor para quê? O 525 D responde a tudo

Por vezes temos a ideia de que é possível fazer melhor e ficamos pela última novidade. Nos carros, esta opção pode levar a que nunca nos decidamos por qualquer viatura pois as inovações são uma constante.
8 Dezembro 2017, 11h50

Mas há carros que se mantêm por períodos longos no topo das preferências dos consumidores e as marcas premium têm alguns modelos que fazem jus ao nome da casa. Experimentámos o BMW 525 D Touring, um “maquinão”, como se diz na gíria, de fazer inveja a muitos proprietários. O novo modelo apresenta ligeiras alterações de fisionomia, na senda do que têm sido os desenvolvimentos desta linha de topo, mas o mais relevante é o interior em termos tecnológicos.

A nível de motorização e transmissão estamos perante um modelo testado, que vai continuar no mercado durante anos. Na tecnologia pontifica o assistente de condução. Não é condução autónoma, ainda longe disso, mas permite entender como se irá viajar de futuro. O veículo viaja sozinho depois de estabelecida a rota e a velocidade, mas obriga a que as mãos se mantenham no volante durante um período mínimo. É possível retirar as mãos, mas, cumprindo as regras do Código da Estrada, um sensor avisa sobre a irregularidade. Este assistente funciona bem em autoestrada, segundo as marcações no pavimento.

Ainda mais espetacular é a ultrapassagem que, depois de indicada pelo condutor essa intenção através do movimento do pisca, o veículo faz a manobra de ultrapassagem, mantendo sempre a conveniente distância de segurança. Faz depois a reentrada na faixa mais à direita e mantém o nível de velocidade pré-estabelecido. Mais do que uma inovação, este tipo de assistente é um teste àquilo que no futuro será uma condução dentro de rigorosos padrões de segurança, mas onde é possível fazer uma viagem sem stresse e sem o cansaço da atenção permanente.
Também o assistente de máximos permite uma circulação à noite em estrada nacional com um nível de segurança superior. Na prática, o veículo circula sempre de máximos e vai adaptando o foco de leds às situações existentes, evitando o encandeamento de veículos que circulem em sentido contrário, mas também à nossa frente. Os vários testes feitos em situações de estrada difíceis revelaram que o modelo melhorou bastante desde que apareceram as primeiras soluções a nível de iluminação. Claro que estes extras custam mais dinheiro e para se ter uma ideia do que custa “andar bem montado” bastará analisar os valores finais desta viatura, cujo preço base anda pelos 67 mil euros, embora a viatura experimentada, que está devidamente “artilhada”, tenha mais 30 mil euros no preço final ,aproximando-se dos 100 mil euros. A imagem do pack desportivo vale quase 4 mil euros mais IVA, o assistente de condução Plus custa mil euros, e o assistente de estacionamento remoto vai aos 500 euros.

Falta falar do som Harman/Kardon, o que é o mesmo que dizer que se está perante um nível muito superior ao habitual. Viajar com este som é sinónimo de grande qualidade. Aliás, este é um veículo para famílias e para longas distâncias. O depósito deste diesel comporta 70 litros, ou seja, uma autonomia de mil quilómetros, o que agregado a uma potência de 231 cv, significa que viajar para norte ou para sul é um exercício simples. A transmissão de oito velocidades não tem qualquer tipo de problema nas recuperações e é muito silenciosa. No entanto, não conseguimos ficar próximos do consumo médio anunciado pela marca, de 6,2 l/100 Km. Estivemos sistematicamente acima dos 7 l aos 100 km. Talvez influência do “pé pesado”.

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