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Mendonça Mendes diz que Governo “tem de esforçar-se por negociar” se quer aprovar o OE2025

Em entrevista ao programa Hora da Verdade, da Renascença e jornal Público, o antigo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais e adjunto de António Costa considera que governar em duodécimos não seria positivo para o país. Diz ainda ter muitas dúvidas sobre “a exequibilidade do programa do Governo”.
4 Julho 2024, 10h07

António Mendonça Mendes, antigo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais e adjunto de António Costa, membro membro do Secretariado Nacional do PS, avisa esta quinta-feira, 3 de julho, que “se o Governo pretende aprovar o OE2025, tem que se esforçar por o negociar”.

Em entrevista ao programa Hora da Verdade, da “Rádio Renascença” e jornal “Público”, diz que governar em regime de duodécimos, uma hipótese no caso de um chumbo do OE2025, não seria positivo para o país. “É muito importante que, nos mercados financeiros, onde financiamos as famílias e as empresas, haja uma segurança relativamente àquilo que é a trajetória do país”.

Na entrevista, Mendonça Mendes diz ter “muitas dúvidas sobre a exequibilidade do programa do Governo”, considera que a situação orçamental atual não consegue acomodar o programa do Governo e refuta a pressão do Presidente da República para aprovar o Orçamento do Estado para 2025.

“O Presidente, pelo seu mandato e pela forma como tem gerido os últimos anos de mandato – e não digo isto com uma satisfação particular –, não tem sido um fator de estabilidade no país. E os portugueses, de uma maneira geral, não lhe reconhecem essa mesma estabilidade”. Esclarece, no entanto, que Marcelo Rebelo de Sousa não é o adversário político do PS, mas a sua família política: o PSD, que forma o Governo.

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