A Meo investiu 100 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, mas a sua CEO, Ana Figueiredo, insiste na necessidade de todos os atores do setor das telecomunicações contribuam “ativamente para a eliminação de barreiras”.
Na mensagem divulgada esta terça-feira, 27 de maio, com os resultados do primeiro trimestre da operadora, Ana Figueiredo afirma que o investimento feito “é estruturante e necessário para o país” e necessário para moldar o setor.
Figueiredo aponta que o desempenho da operadora durante o apagão energético de 28 de abril. “Foi o investimento sólido e constante ao longo dos anos que nos permitiu garantir a continuidade num momento crítico para o país”, garante.
No ano passado, a Meo investiu 422 milhões de euros.
“Vivemos um tempo em que a tecnologia se impõe como eixo central da competitividade. A inteligência artificial, a automatização, a convergência entre energia e comunicações e a crescente exigência de conectividade permanente colocam novos desafios à nossa atuação”, aponta, para dizer que só é possível responder ao desafio da mudança em conjunto.
“Nenhum destes avanços será sustentável se for feito de forma isolada. A construção de um setor de futuro deve ser feita com o contributo de todos os seus atores, os quais devem contribuir ativamente para a eliminação de barreiras, que hoje penalizam o desenvolvimento económico, na procura de soluções que incentivem o investimento e que compreendam e apoiem esta nova realidade”, defende.
Em março, em declarações ao Jornal Económico, a CEO da Meo tinha já sublinhado a necessidade de o setor beneficiar de um enquadramento propício ao investimento, sob pena de o mercado português não beneficiar de vantagens do desenvolvimento tecnológico em comunicações.
“É fundamental garantir um ambiente que incentive o investimento em infraestrutura e serviços digitais, promovendo um setor mais sustentável e dinâmico”, defendeu. “Sendo esta uma indústria de escala e de capital intensivo, é imperativo que exista uma mudança nos paradigmas da regulação e da política de concorrência, que hoje sobrecarregam e limitam em muito a atuação dos operadores”, insistiu.
As receitas da Meo cresceram 2,4% no primeiro trimestre deste ano, face a igual período de 2024, para 697 milhões de euros, apoiada no negócio da energia e no segmento de serviços empresariais, de acordo com os resultados proforma que a operadora de telecomunicações portuguesa divulgou esta terça-feira, 27 de maio.
Os resultados do grupo continuaram a ser penalizados pela Altice Labs, que continua a ser afetada pela quebra das vendas de equipamentos e hardware nos mercados internacionais.
Excluindo o desempenho da Altice Labs, as receitas da Meo cresceram 7%.
O impacto também se sente nos resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA), que caíram 5,6%, para 244 milhões de euros.
Mesmo sem a Altice Labs e com o aumento de receitas, o EBITDA caiu 1,4%, o que é justificado com “aumentos de custos diretos e comerciais associados ao crescimento da base de clientes de energia, assim como a sazonalidade dos mesmos”.
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