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Mercado de escritórios em Lisboa encerra 2019 com quebra de 6%

No último mês do ano, a ocupação de escritórios em Lisboa atingiu os 22.008 mil m2, num crescimento de 87% face ao mês anterior e de 44% em relação ao período homólogo, segundo o Office Flashpoint da consultora JLL.
17 Janeiro 2020, 16h54

O mercado de escritórios em Lisboa finalizou o ano de 2019 com uma quebra de 6% face ao ano anterior, mas ainda assim recuperando ligeiramente, em relação aos 10% de novembro de 2019, segundo revela o Office Flashpoint da consultora JLL, divulgado esta sexta-feira, 17 de janeiro.

Assim, o mercado terminou 2019 com uma absorção acumulada de 193.892 m2, face aos 206.428 m2 que tinham sido registados em 2018. No último mês do ano, a ocupação de escritórios em Lisboa atingiu os 22.008 mil m2, num crescimento de 87% face ao mês anterior e de 44% em relação ao período homólogo.

Em termos anuais, as zonas do Corredor Oeste (zona 6) e do Prime CBD (zona 1) foram as mais movimentadas, concentrando cada uma 26%. O Parque das Nações (zona 5) e as Novas Zonas de Escritórios (zona 3) representaram, respetivamente, 15% e 14% do take-up, destacando-se ainda o CBD (zona 2), com um peso de 11%.

No que diz respeito à procura verificou-se um equilíbrio entre as empresas de TMT’s & Utilities, consultores e advogados e empresas de serviços, que concentraram, entre si, 61% da área ocupada, distribuída por quotas iguais de cerca de 20%. Já as empresas de serviços financeiros registaram 16% da ocupação anual.

Em relação ao mês de dezembro, foram igualmente as zonas 1 e 6 as mais dinâmicas, representando 50% e 28% do volume transacionado no mercado, respetivamente. A maior operação do mês foi a ocupação de 7.675 m2 pela Cuatrecasas no edifício Liberty, em pleno Prime CBD. Em termos de procura, evidenciaram-se as empresas de consultores e advogados, com 35% do take-up mensal, e de serviços financeiros, com outros 22%.

De destacar ainda que em dezembro foram contabilizadas 22 operações de escritórios, o que se traduziu numa área média por operação de 1.108 m2, praticamente duplicando os 655 m2 registados em novembro.

Mariana Rosa, Head of Office /Logistics Agency & Transaction Management da JLL refere que “este resultado vai ao encontro das expetativas, tendo em conta a significativa falta de espaço de escritórios que existe atualmente. É um reflexo da intensa procura, quer por parte de empresas internacionais que pretendem instalar-se em Portugal, quer por parte de empresas que já cá estão e querem expandir-se.

A responsável salienta que para “este ano estão previstos 79 mil m2 de novos escritórios para o mercado, mas ainda assim, é preciso libertar mais oferta. A reabilitação de edifícios de escritórios existentes, com uma renovação interior para equipar os espaços com as funcionalidades essenciais e colocar, assim, produto no mercado a tempo de aproveitar os timings de alto dinamismo existente, será uma das tendências de mercado este ano”.

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