De acordo com uma análise da XTB, os receios de escassez global de oferta do café e a possibilidade de tarifas sobre importações para os EUA está a impactar o custo do café Arábica, atualmente próximo de 310 dólares por saca.
Este ano, os preços já aumentaram mais de 70%, alcançando 333 dólares por saca, o nível mais elevado desde 1977, destaca o documento.
O Brasil, maior exportador de grãos de café Arábica de qualidade superior, enfrenta desafios para a próxima colheita devido a condições meteorológicas voláteis, o que pode reduzir ainda mais a oferta já escassa, realça a XTB.
Simultaneamente, os produtores estão a desacelerar as vendas após movimentarem grandes volumes da atual colheita, o que resultará em menor disponibilidade até à próxima colheita em maio.
No Vietname, principal produtor de robusta, a produção também é afetada por problemas climáticos, como seca e chuvas intensas, que comprometem tanto a qualidade quanto a quantidade do café.
Em resposta, vendedores e torrefatores aumentaram os preços e diminuíram os descontos para proteger as margens, com a Nestlé já a anunciar aumentos de preços e embalagens menores.
Enquanto isso, a especulação no mercado continua a crescer, com gestores de fundos confiantes na valorização do café, apesar da volatilidade a curto prazo.
A iminente regulamentação da UE sobre desflorestação e potenciais tarifas sob a nova administração de Donald Trump adicionam mais incerteza, levando a antecipações nas vendas para os EUA.
Em suma, a subida dos preços do café pode resultar em custos mais elevados para os consumidores, enquanto os torrefatores enfrentam o desafio de equilibrar a acessibilidade com a preservação das margens.
As condições climáticas e de colheitas serão cruciais para determinar o futuro dos preços no mercado do café, tornando o cenário imprevisível.
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