Elon Musk, CEO da Tesla, estima um aumento de 20% a 30% nas vendas do próximo ano. Uma projeção que levanta muitas dúvidas no mercado que aponta para metade desse crescimento, considerando o máximo do intervalo, num cenário marcado por um abrandamento global das vendas por veículos elétricos e maior concorrência da China.
De acordo com a “Reuters”, o Deutsche Bank, por exemplo, prevê um aumento de apenas 12% no próximo ano, mesmo perante a possibilidade de a empresa vir a lançar um modelo mais barato, abaixo dos 30 mil dólares. Os analistas do RBC também mantêm a sua previsão de crescimento de 13%.
“Há dificilmente um analista em qualquer parte do mundo que concorde com um crescimento de 20% no próximo ano”, mesmo com um modelo mais barato, afirma Sam Fiorani, vice-presidente da AutoForecast Solutions, acrescentando que a “Tesla, à exceção deste trimestre, tem assistido a um abrandamento da procura pelos seus carros. E um trimestre não é uma tendência”.
Depois de anos de crescimento rápido, as vendas da Tesla recuaram nos primeiros dois trimestres de 2024. O presidente executivo já afirmou que a empresa apenas vai entregar mais alguns carros este ano em comparação com o recorde de 1,8 milhões alcançado em 2023.
As vendas de carros elétricos a nível global têm ficado aquém das expectativas e o crescimento moderou nos últimos anos. E a Tesla não tem escapado a esta tendência. Os analistas e responsáveis do setor realçam à “Reuters” que Elon Musk enfrenta uma procura mais fraca num período marcado por um abrandamento global do crescimento das vendas de carros elétricos e aumento da concorrência em mercados chave, como a China e os EUA.
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