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Mercadona abre novo centro de inovação em Lisboa

Centro de inovação em Lisboa representa um investimento de 2,2 milhões de euros e é o segundo centro deste tipo que a Mercadona abre em Portugal. O primeiro abriu em 2017, em Matosinhos. Para 2021, a retalhista prevê investir 150 milhões de euros e recrutar um total de 600 pessoas.
  • Entrada do Centro de Coinovação de Lisboa
14 Setembro 2021, 10h41

Mais de quatro anos depois do anúncio da abertura do primeiro centro de inovação em Portugal, a Mercadona fez saber esta terça-feira que abriu um segundo centro deste tipo no país, desta vez em Lisboa. O primeiro centro foi aberto em Matosinhos. A cadeia de supermercados espanhol investiu 2,2 milhões de euros na abertura do novo centro de inovação.

“A Mercadona dá continuidade ao seu projeto de expansão em Portugal e conta a partir de hoje com um centro de inovação em Lisboa”, adianta a empresa espanhola em comunicado. O novo centro tem uma área total de 2.400 metros quadrados, distribuídos por dois andares, localiza-se na Avenida Estados Unidos da América e a sua abertura pretende dar condições à empresa para estudar e desenvolver e adaptar a oferta  “aos hábitos e preferências do consumidor local e desenvolver produtos inovadores”.

Para desenvolver a oferta da cadeia de supermercados aos hábitos e preferências dos consumidores portugueses, o centro de inovação de Lisboa tem várias zonas de trabalho, “incluindo espaço para cozinhar, área de provas-cegas, zonas para recriar a exposição dos produtos nos lineares, auditório e salas de reuniões”.

Com este projeto, a Mercadona além de reforçar a sua expansão em Portugal, prepara “antecipadamente a sua chegada a novos distritos do país já no próximo ano”, acrescenta o comunicado.

Estes centros da Mercadona são apresentados pela empresa como “macrolaboratórios de ideias”, onde especialistas desenvolvem produtos e procuram identificar antecipadamente necessidades e escolhas no “cabaz de compras habitual” de um cliente. Por isso, a empresa diz que o centro de inovação trabalha com os ‘Chefes’, designação simbólica que a empresa atribui aos seus clientes.

Desta forma, refere a retalhista espanhola, procura-se “introduzir melhorias e lançar inovações nos cinco negócios que englobam todos os produtos comercializados pela empresa: comida, bebida, higiene pessoal, limpeza do lar e cuidado dos animais de estimação”. Antes das novas ofertas da Mercadona saírem deste centro para as lojas, os produtos “passam por uma fase de testes com os clientes, realizadas nestes centros”.

Como exemplo do sucesso da operação destes centros, a Mercadona revela que produtos como ‘Tango da Mercadona’, uma bebida de groselha e cerveja, surgiram através de sessões de desenvolvimento de produto no mercado português. A empresa refere que o modelo de desenvolvimento de produto assenta na identificação de hábitos, na partilha de experiências com o cliente e, posteriormente, na transmissão dos resultados aos fornecedores.

O primeiro centro de inovação da Mercadona no país abriu em 2017, em Matosinhos. “Através do trabalho desenvolvido neste centro, a Mercadona abriu os seus primeiros supermercados no país, em 2019”, sublinha a empresa.

Em 2020, a empresa contava com uma rede de 20 centros de inovação, em Espanha e Portugal, nos quais 150 especialistas realizaram um total de 12.500 sessões junto dos clientes – 11.000 em Espanha e 1.500 em Portugal.

Atualmente, a Mercadona conta com 24 lojas em Portugal, nos distritos do Porto, Braga, Aveiro e Viana do Castelo, incluindo já a abertura de 4 das 9 lojas previstas para 2021. Este ano, a empresa prevê investir 150 milhões de euros e recrutar um total de 600 pessoas, com contrato de efetividade desde o primeiro dia.

Em 2020, com a abertura de dez lojas em Portugal, a empresa fechou o ano com um total de 20 supermercados no país e alcançou um volume de vendas de 186 milhões de euros. A Mercadona conclui o comunicado referindo que pagou 32 milhões de euros em impostos através da empresa Irmãdona Supermercados, sediada em Vila Nova de Gaia, onde se situam os escritórios da retalhista, inaugurados em junho de 2020. Além disso, assegura ter criado 800 novos empregos, finalizando o ano com uma equipa de 1.700 trabalhadores e um investimento de 113 milhões de euros.

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