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Mercados aguardam decisão da Fed antes de tomarem rumo

A semana começou com duas sessões nas quais faltou um sentimento significativo da parte dos investidores. O contexto leva a crer que a expetativa é grande para a decisão da Fed, que vai chegar no decurso de um braço de ferro travado entre Jerome Powell e Donald Trump.
7 Maio 2025, 07h00

As mais importantes bolsas europeias não registaram uma variação em bloco na sessão de terça-feira, a par do que aconteceu na véspera. Com a época de resultados a decorrer, as atenções dos mercados estão mais centradas na reunião da Fed.

O Reino Unido destacou-se pelo sentimento positivo, com uma subida de 1,19%. A bolsa de Londres beneficiou de subidas superiores a 1% nas capitalizações de mercado da BP e do Lloyds Banking, naquela que foi a sua primeira sessão da semana, depois de ter estado encerrada na véspera.

Nas restantes praças reinou a indecisão, como observado na segunda-feira, em função da importância da reunião da Fed, que vai terminar esta quarta-feira e da qual vai sair uma decisão no que diz respeito à política monetária do banco central dos Estados Unidos.

Houve acréscimos de 0,23% em Itália e 0,10% em Espanha. Em sentido oposto ficou o índice agregado Euro Stoxx 50, que recuou 0,39%, ao passo que França tombou 0,40% e a Alemanha perdeu 0,34%. A bolsa de Frankfurt ficou penalizada pela incerteza política que decorre de o candidato a chanceler Friedrich Merz ter falhado a primeira eleição, antes de ser eleito à segunda tentativa.

Por outro lado, a leitura final dos dados de atividade dos serviços na zona euro em abril revelou uma expansão mínima, contra as expetativas do mercado, que apontavam para uma contração. 

Por cá, a bolsa de Lisboa seguiu pelo mesmo caminho. O PSI avançou 0,10% até aos 7.006 pontos na sessão desta terça-feira. Significa isto que o índice encerrou acima dos 7 mil pontos pela primeira vez desde meados de 2024 (na segunda-feira chegou a negociar acima daquela marca, mas acabou por terminar o dia abaixo da mesma), o que significa que renovou máximos de junho de 2014 (período que antecedeu a queda do BES).

Para tal, beneficiou de valorizações registadas nas ações da Mota-Engil, na ordem de 2,22% até aos 3,776 euros, ao passo que o BCP se adiantou 1,59% para os 0,5862 euros. Ao mesmo tempo, a Corticeira Amorim adiantou-se 0,77% e alcançou os 7,71 euros.

Em sentido oposto, a Ibersol contraiu 1,05% para 9,40 euros, ao passo que a Navigator perdeu 1,00% para 3,352 euros, enquanto que a Altri derrapou 0,98% até aos 6,09 euros.

Esta quarta-feira, a decisão da Fed sobre as taxas de juro de referência vai reunir as maiores atenções. É de esperar que aquele banco central não ceda às exigências de Donald Trump para que haja um corte nas taxas de juro, dando sequência às tomadas de posição vistas desde o início do ano (a última mexida teve lugar a 18 de dezembro, com um corte de 25 pontos base).

Nesse sentido, ganha importância o discurso de Jerome Powell, presidente daquele organismo, sobretudo pelo braço de ferro travado com o presidente dos EUA. Este último, porém, garantiu recentemente que não tem em mente despedir o líder da Fed.

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