[weglot_switcher]

Mercados “estão às escuras quanto ao rumo a seguir” depois dos ataques norte-americanos ao Irão

“Uma escalada no conflito seria recebida com mais um surto de aversão ao risco, uma vez que os investidores avaliariam o aumento da incerteza geopolítica, a subida dos preços do petróleo e possíveis perturbações na cadeia de abastecimento”, referem os analistas da Ebury.
23 Junho 2025, 14h58

O ataque dos Estados Unidos às instalações nucleares iranianas durante o fim de semana causou impacto nos mercados, deixando grande parte dos investidores “apreensivos” perante uma situação geopolítica instável.

Segundo os analistas da Ebury, o ataque fez com que os investidores reforçassem os “ativos de refúgio” e desencadeou “uma nova subida dos preços do petróleo”. Contudo os analistas referem que, “nesta fase, os mercados estão às escuras quanto ao rumo a seguir”. “Basta dizer que uma escalada no conflito seria recebida com mais um surto de aversão ao risco, uma vez que os investidores avaliariam o aumento da incerteza geopolítica, a subida dos preços do petróleo e possíveis perturbações na cadeia de abastecimento. O dólar americano permaneceria bem posicionado neste ambiente”.

Apesar de seguir sem rumo, as atenções dos mercados estão “viradas para a dimensão da retaliação do Irão, seja através de novos ataques com mísseis e drones contra Israel ou de um bloqueio do Estreito de Ormuz. Se bem-sucedida, esta última medida representaria um acontecimento significativo para os mercados, dada a grande importância da rota para o comércio mundial de petróleo, cerca de 20% do qual passa por este Estreito”, referem.

Notamos, no entanto, que os movimentos observados nos mercados têm sido relativamente contidos até hoje, com o dólar americano e os futuros do petróleo a serem negociados apenas modestamente mais altos. Os investidores parecem estar agarrados às esperanças de um desagravamento e talvez estejam apenas gratos pelo facto de a resposta militar do Irão ter sido limitada e de o ataque dos EUA ao Irão parecer ser um caso isolado e não o início de uma guerra total” afirmam os analistas.

RELACIONADO
Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.