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Mercados europeus entre ganhos e perdas. Lisboa fecha em alta com Amorim e BCP

Alemanha e França em queda e Ibéria e Londres em alta. O PSI 20 fechou com ganhos de 0,39% para 5.297,53 pontos, o valor mais alto desde 4 de outubro do ano passado, e o IBEX de Madrid valorizou 0,42% para 9.296,7 pontos. A bolsa nacional encerrou em alta pela quinta sessão consecutiva, o que é já a mais longa série de ganhos desde o início de janeiro. Com 12 cotadas em alta, cinco em queda e uma inalterada.
6 Março 2019, 17h27

As praças europeias fecharam divididas entre ganhos e perdas com os índices ibéricos a fechar em terreno positivo e o o DAX a perder 0,26% para 11.590,3 pontos. “O índice alemão está a ser condicionado pelo setor Automóvel após as fracas projeções da Schaeffler, que levam as ações da fabricante de componentes auto a tombarem cerca de 8%”, explica o analista da Mtrader, Ramiro Loureiro.

O PSI 20 fechou com ganhos de 0,39% para 5.297,53 pontos, o valor mais alto desde 4 de outubro do ano passado, e o IBEX de Madrid valorizou 0,42% para 9.296,7 pontos. A bolsa nacional encerrou em alta pela quinta sessão consecutiva, o que é já a mais longa série de ganhos desde o início de janeiro. Com 12 cotadas em alta, cinco em queda e uma inalterada.

Por cá as ações que mais subiram foram as da Corticeira Amorim (+2,81% para 10,980 euros) e as do BCP (+1,19% para 2,459 euros).

Este desempenho da empresa de cortiça do grupo Amorim tem ficado a dever-se à publicação dos resultados de 2018, período em que o seu lucro aumentou 6% para os 77,4 milhões . A corticeira deu ainda a conhecer que irá pagar 0.185 euros por ação.

A Galp subiu 0.95% para os 14.920 euros e os  CTT foram outro título a encerrar com um ganho significativo (+0,71 para 2,826 euros. Nas subida a F. Ramada valorizou 1,3% para 7,8 euros e a Ibersol subiu 0,74% para 8,04 euros.

Nas quedas o destaque vai para a Jerónimo Martins que desceu 0,45% nos 13.230 euros e a Mota-Engil que recuou 0,89% (para 2,225 euros), um título que desde o início de 2019 tem sido um dos melhores performers da bolsa nacional.

Lá fora o EuroStoxx 50 encerrou com queda ligeira (-0,03% para 3.324,67 pontos) e o CAC 40 caiu 0,16% para 5.288,8 pontos.

O FTSE 100 de Londres subiu 0,17% para 7.196 pontos. Isto num dia que foi notícia que o Reino Unido pode cortar taxas às importações em caso de Brexit sem acordo. Segundo revela a Sky News, que cita fontes governamentais, o Reino Unido pode acabar com 80% a 90% de todas as tarifas de importação, caso a saída da União Europeia seja efetuada sem acordo. As medidas relevantes serão estabelecidas num documento a ser publicado se a primeira-ministra do Reino Unido, caso Theresa May não consiga apoio parlamentar na próxima semana, durante a votação de um acordo sobre os termos do Brexit.

Diz o analista da Mtrader que “o cancelamento das tarifas às importações seria uma má notícia para os produtores britânicos, ainda que as pretensões em caso de “não-acordo” sejam de manter as tarifas sobre as importações de carros, carne bovina, produtos lácteos e alguns produtos da indústria têxtil”.

A acompanhar os ganhos da Ibéria esteve também a praça de Milão que ganhou 0,65%.

Em termos macroeconómicos destaque para o outlook económico da OCDE mostra um corte de projeções para 2019 e 2020.

Segundo um documento da UE, citado pela Reuters, os ministros das Finanças da União Europeia vão abandonar o plano de criar um imposto sobre as gigantes tecnológicas na próxima reunião do Ecofin, a 12 de março.

Amanhã são comunicadas as decisões de política monetária do BCE, sendo que notas de mercado dão conta de uma possível extensão do programa LTRO perante corte de projeções económicas e de inflação, notícia que agradou aos investidores europeus.

O mercado de petróleo está em queda. O brent perdeu 0,30% para 65,66 dólares e o WTI está a cair 1,08% para 55,95 dólares.

Nas moedas destaque para a subida do euro de 0,04% para 1,1313 dólares.

No mercado de obrigações soberanas, a dívida alemã têm os juros em queda de 4 pontos base para 0,128% e a dívida portuguesa também com os juros a descerem 3,6 pontos base para 1,422%; a dívida espanhola cai 4,1 pontos base para 1,113% e Itália vê os juros tombarem 11,7 pontos para 2,590%.

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